A nova secretária estadual do Meio Ambiente de Goiás, Jacqueline Vieira, foi a entrevistada do Clube da Notícia, da Rádio 730, desta sexta-feira (3). A ex-superintendente executiva da Semarh falou sobre projetos e futuras parcerias da secretaria, proteção do Cerrado e despoluição do Rio Meia Ponte.

De acordo com Jacqueline Vieira, neste momento estão sendo cadastrados todos os produtores rurais para que a Semarh tenha conhecimento sobre em que áreas existem supressão vegetal acima do permitido e quais regiões do Cerrado necessitam de reflorestamento. “Mas já existem áreas de proteção, que temos cuidado especial, principalmente através do ICMS Ecológico. São os incentivos que nos ajudarão a preservar o Cerrado”, afirma.

Ainda sobre nosso bioma, a secretária diz que a situação do desmatamento hoje está menor se comparado há 10 anos e explica quais serão as medidas tomadas. “Temos o PAI Ambiental em Goiás. Em parceria com a secretaria estadual de Educação, vamos trabalhar para que o Cerrado seja mais conhecido, valorizado e protegido, começando pelo ensino nas escolas”. O Cerrado brasileiro possui a maior biodiversidade do mundo e é o segundo maior bioma do país.

Em relação à sustentabilidade, assunto muito discutido nos últimos anos, Jacqueline declara que as três ramificações defendidas hoje, o econômico, ambiental e social, não são necessárias, o melhor seriam cinco vertentes. “Precisamos adicionar o político e educacional. Essa composição realmente trará sustentabilidade. Desta forma vamos mudar valores e hábitos da sociedade”, diz.

Sobre a necessidade de planejamento para o destino final de resíduos sólidos, a secretária diz que a solução são os aterros sanitários. E que as prefeituras possuem até o final de 2014 para construí-los. “Uma das soluções para isso são os consórcios intermunicipais, que preveem também a construção de cooperativas de reciclagem de lixo”, fala.

Já para o Rio Meia Ponte está combinado com o Comitê de Bacias um planejamento para a despoluição, segundo Jacqueline. Ele é composto por vários segmentos, inclusive o empresarial. “Não é um projeto simples e fácil, mas é possível. Hoje, o interesse pela despoluição dos rios é de todos, tanto do produtor como do contribuinte e outras pessoas que fazem o uso dessa água”, conclui.