O futebol mexe com paixões e vai ser sempre dessa forma, não importa qual cargo você exerça. Até mesmo no cargo de presidente de um clube, a paixão de torcedor fala mais alto. E o presidente do Goiás, Sérgio Rassi, deixou isso transparecer ao comentar sobre o clássico contra o Vila Nova, que vai acontecer mais uma vez neste domingo, às 17h, no Serra Dourada.

Rassi, assim como todo esmeraldino, tem um jogo marcado na memória quando o rival é o Vila Nova: a goleada de 6 a 1 em 2009, a maior goleada esmeraldina na história do futebol profissional, já que ainda no amadorismo, o Verde bateu o Colorado por 7 a 0 em 1947. Rassi também desmerece o 5 a 3 para o Vila em 1999, por entender que a arbitragem ajudou, e confessa que se transforma em torcedor ao entoar o cântico “Um, dois, três, o Vila é freguês”

“Eu acho que eu grito até hoje, baixinho, não dá pra gritar alto mais. Isso faz parte da torcida, como eles devem nos chamar de moxé, e isso é bom. É difícil dizer (o clássico preferido), mas qualquer vitória em cima do Vila. Eu não sei se foi no Campeonato Goiano que nós ganhamos de 6 a 1, mas é esse aí. Foi inesquecível e não vem falar do 5 a 3 não, porque aquele lá o juiz ajudou, expulsou um jogador nosso, esse aí não conta”

Relembre o sexto gol do Goiás na goleada de 6 a 1 sobre o Vila, em 2009

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Mesmo com toda a rivalidade e toda a mística do clássico, Rassi faz questão de salientar que é preciso manter a calma nas arquibancadas e não esquece de pedir paz no domingo. Agora presidente, ele lembra ainda da época de torcedor, quando as torcidas podiam chegar juntas ao Serra Dourada e não existia os marginais camuflados no meio da torcida, como se vê atualmente.

“Eu vejo assim: eu sou da época que ia com um amigo ao estádio, eu com a camisa do Goiás, ele com a camisa do Vila Nova, abraçados, e um ficava curtindo com o outro. Acabava o jogo, tirávamos as camisas e saíamos para ir ao cinema ou tomar uma cerveja. Infelizmente, a coisa ficou distorcida, hoje os vândalos travestidos de torcedores exercem esse vandalismo usando as camisas dos times, mas eu gostaria que lembrassem que as camisas dos times são sagradas e elas representam a paz, o esporte”