Todo mundo já conhece a irreverência e as declarações de Hailé Pinheiro, mas ninguém se cansa delas. E mais uma vez, o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás mostrou o que pensa, dessa vez sobre o público pífio do clássico do último domingo, onde Goiás e Atlético empataram por 1 a 1. Foram apenas 4.047 pagantes no Serra Dourada e Hailé acredita que isso é causado pela dificuldade de se montar um time competitivo e também pela transmissão da partida pela TV aberta, mas descarta tratar isso como um vexame.

“Não dá vergonha, dá preocupação, porque como é que faz futebol com um público desse? Mas o futebol no Brasil tá todo assim, tá muito difícil, os clubes estão todos em situação difícil, não é que o Atlético não queira montar time melhor, não é que o Goiás não queira, é que a gente está, realmente, sem condições. Existe um desinteresse geral pelo futebol, hoje o pessoal só pensa na Copa do Mundo e o jogo também foi transmitido, a televisão tira público do campo, mas também serve como uma grande fonte de receita e temos que aguentar”

O público no clássico chegou a ser inferior ao duelo entre Anapolina e Goianésia, que se enfrentaram no Jonas Duarte para 6.198 pagantes, dois mil a mais que no Serra. Uma das alternativas que poderia levar mais público aos estádios não é bem vista por Hailé Pinheiro. O dirigente máximo esmeraldino não concorda com a promoção Nota Show de Bola, que visa a troca de notas fiscais por ingressos, feito com uma parceria entre o Governo do Estado e a FGF. Hailé disparou que isso só gera corrupção.

“Não, acho que não. Se eu sou governador, eu não fazia esse troço não, isso não é ajudar o futebol, se for pra ajudar, tem outras maneiras. Esse negócio de ingresso gera uma corrupção, gera uma confusão que a gente não aguenta, não dá conta de controlar. Prefiro que não tenha isso mesmo”