A cada início de temporada ou início de campeonato, a expectativa do torcedor, e também de nós jornalistas, paira pela chega e saída de atletas no mercado nacional e para o exterior. Começamos a traçar metas e delimitar os grandes oponentes ao longo do ano. Investimento em grandes atletas? Que nada. Em 2014, os clubes vencedores vão precisar de bons advogados e o “tapetão” deve valer mais que um gol bonito dentro das quatro linhas.

A primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B já começou com a Portuguesa dando o seu show. Um teatro sem graça, tão falso quanto a cara de Argel Fucks ao ser informado da liminar que impedia a equipe paulista de entrar em campo contra o Joinville. A Lusa errou. Errou feio na última rodada do ano passado e estragou a festa de todo o Brasil com o rebaixamento do Fluminense. Jogou na conta da CBF (que tem culpa pela falta de publicação on line dos julgamentos), jogou na conta do advogado (que fez a defesa e jura que tentou avisar), não assumiu o próprio risco de colocar um jogador que tinha sido julgado no dia anterior e não sabia o resultado. Só faltou culpar imprensa e o mundo capitalista. Agora, os paulistas correm o risco de se prejudicarem na segundona por abandonar a partida.

No início da tarde de domingo, o STF (Superior Tribunal Federal) anulou qualquer liminar que não tenha sido produzida no Rio de Janeiro, ratificando decisão do próprio tribunal anunciada em fevereiro. Mais uma derrota para aqueles que insistem em conturbar o futebol brasileiro e ganhar destaque em ano de Copa do Mundo onde os holofotes do mundo inteiro estão apontados e armados para nosso país.

Olho para a Portuguesa em 2014 e a vejo seguindo, a passos largos, o rumo do Gama-DF que quis peitar o mundo em 1999/2000. Ganhou no tribunal o direito de jogar o Brasileirão, a Copa João Havelange, mas foi aniquilado de forma gradual pelos fantasmas dos bastidores do futebol e acelerada pelas próprias más gestões.

A Lusa faz um favor ao futebol goiano: perdemos um concorrente complicado na luta por vagas ao acesso a elite nacional e diminui a chances de rebaixamento de qualquer um de nossos representantes.

Duro mesmo é ter tanta expectativa para o ano da Copa: Investimentos e investidores, novas arenas, novas estruturas, um sentimento diferente para o torcedor, grandes craques, lindas jogadas ou grandes partidas e ficarmos com o selo do fracasso, arenas ocas, cidades caóticas, futebol pobre, dirigentes/empresários ricos e nossas melhores disputas serem com a boca, não com os pés, longe do campo e do calor da torcida e sim dentro dos gélidos tribunais. Eu não pagarei ingresso para ver isso!!!