Com apenas dois meses e uma semana à frente do Vila Nova, o treinador Sidney Morais deixou o comando do Tigrão após mais uma derrota em casa, dessa vez, para o Icasa, na quarta rodada do Brasileirão Série B. O técnico teve pouco tempo para formar sua equipe, obteve resultados bem ruins (um empate e três derrotas), além disso, uma boa proposta do futebol nordestino selou a saída do comandante colorado.
Acertado com o Náutico, Sidney diz que a separação partiu de sua escolha: “Eu que pedi para sair. Meu relacionamento com a diretoria, o Roni e o Tim, foi sempre muito bom e tivemos uma conversa franca, porque era o combinado sempre ter conversas claras. No momento eu entendi que o melhor para todas as partes era eu sair e assim conversei com eles. Foi tudo muito bem decidido e conversando entre nós”, declara.
Ele ainda revela que recebeu outras propostas anteriormente e que todas foram rejeitadas antes de ouvir o convite do Náutico. “Já haviam tido outras três propostas anteriormente, do ABC e do Santa Cruz. Falei para o Roni que o dinheiro não seria determinante para uma possível saída, mas sim o trabalho e a situação de momento. Fui procurado pelo Náutico antes do jogo contra o Icasa e nem conversei. Mas a derrota me fez ver outro contexto que deixou minha permanência insustentável”, analisa o treinador.
O treinador tinha como objetivo montar uma equipe para disputar a Série B e, em sua saída, revela que não ficou contente com o trabalho realizado: “Infelizmente é uma saída triste, porque os resultados não vieram. Fiz de tudo para que as coisas acontecessem bem, mas não foi assim. Por isso, acreditei que saindo agora era uma maneira de deixar as coisas menos complicadas tanto para mim, quanto para o próprio Roni”, comenta.
Apesar disso, Sidney Moraes garante que continua torcendo pela sequência do Vila e pede que torcida apoie o trabalho de Roni no comando do futebol vilanovense: “Eu sei que quando os resultados não aparecem as coisas ficam mais complicadas. Mas não dá responsabilizar o Roni por tudo, não dá para cobrá-lo como se ele tivesse 10 anos de experiência. Ele é novo, está chegando agora com um bom trabalho e espero que os resultados possam vir para o time”.
Ele ainda condena a pressão exercida neste início de competição: “O time está sendo montado com jogadores de Série B, mas o trabalho não sai pronto do dia para a noite. A cobrança está em cima disso, de achar que já temos um time pronto e de que imediato os resultados viriam. Não é assim que funciona, tem que ter pé no chão. Deixo o clube, mas acredito plenamente nos jogadores que estão ficando aqui, quem sabe já nessa quinta rodada eles possam mostrar do que são capazes”.