A campanha é de impressionar, realmente monstruosa. O Goiás, após sete rodadas na Série A, é o 3º colocado após a vitória por 1 a 0 fora de casa contra o Figueirense e muito disso deve-se ao técnico Ricardo Drubscky. O comandante chegou pouco antes do início da Série A e deu nova cara ao time, uma cara mais aguerrida, um time que marca bastante, mas que nem por isso pode ser chamado de retranqueiro, pelo que garante o comandante.
“Se nós temos uma coisa que identifica o Goiás, é que o Goiás tem um grupo de guerreiros, um grupo de jogadores que, realmente, se dão em campo. Não adianta só marcar com torpeza, com mal futebol, eles marcam e jogam. O estigma da marcação está ficando mais definido, então eu diria que nossa equipe é guerreira, é uma máxima que eu posso dizer e que vai crescer cada dia mais com a cancha que vamos dar ao jogadores”
No duelo contra o Figueirense, Drubscky fez opções ousadas, pra quem enxerga de fora, mas talvez merecidas pra quem está no dia a dia do clube. Uma delas foi a titularidade de Liniker, que fez uma partida regular, e também o volante Rodrigo, que entrou no 1º tempo na vaga do lesionado David e correu muito em campo. A nova safra dos garotos esmeraldinos é defendida pelo treinador, que mantém o pedido de calma para não pular etapas.
“Eu tenho visto esses garotos treinando e sempre bem. É aquilo que eu falo sempre: do mesmo jeito que eu não me entusiasmo com uma boa atuação dos jovens, eu também não critico muito quando eles pecam. São garotos que vão amadurecer no jogo, uns um pouquinho mais, outros um pouquinho menos, mas a gente tem que ter cautela para ir experimentando esses garotos, dando essa vivencia de 1º Divisão para eles se firmarem e segurarem a onda”
Outra opção antes da partida que causou muitos comentários foi a escolha do goleiro Edson, e não de Harlei, que parecia mais provável pela representatividade do goleiro. Drubscky explicou que a decisão foi técnica, que conversou com os dois atletas na concentração e que se arriscou, o que deu certo, já que Edson foi um dos nomes da partida com grandes defesas.
“Eu não tomei a decisão sozinho. Eu assumo a decisão sozinho, mas eu consultei minha comissão técnica, as pessoas especializadas e vimos que a melhor situação seria o Edson começar o jogo. O Harlei é um ícone no Goiás, merece todo respeito, eu chamei os dois para conversar e falei para os dois a minha opção. Poderia eu estar aqui hoje sendo crucificado porque o Edson não foi bem, mas não foi isso. A gente tem que tomar decisões”.