Ainda sem vencer no Brasileirão da Série B, o Vila Nova volta ao mercado de técnicos pela terceira vez em 2014. O time colorado optou por demitir Waldemar Lemos na noite desta segunda-feira (28) após quatro derrotas em quatro jogos nas mãos do comandante. Já seguiram o caminho dele Heriberto da Cunha, que não conseguiu livrar o time do rebaixamento, e Sidney Morais, que também não triunfou uma só vez no campeonato nacional.

À frente da decisão, O diretor de futebol Roni explica a saída de Waldemar “Não estávamos satisfeitos. A situação era e ainda é muito ruim e a equipe não estava rendendo o que era esperado. Não que o Waldemar tenha tido culpa nesses resultados, ele tentou e fez o máximo para tirar o melhor dos atletas, mas isso não aconteceu. Nós (cúpula diretiva) conversamos muito ontem e achei que deveríamos mudar algumas coisas”, esclarece.

Roni ainda comenta que a atitude visa pontuar nas duas últimas rodadas, coisa que o Vila não consegue desde a primeira rodada: “Do jeito que estava não podíamos permitir. Era preciso reagir, não para dar satisfação ao torcedor ou à imprensa, mas para dar satisfação à nós mesmos, e a medida que achamos correta para trazer a primeira vitória era demitir o treinador. Espero que nós estejamos certos, só o tempo vai dizer isso”.

Ciente de que o erro partiu da diretoria, Roni admite ter procurado Waldemar para dar explicações: “Conversei com ele antes de oficializar para pedir desculpa por ter exposto ele dessa maneira. Na verdade, foi isso que fizemos, expusemos o profissional do Waldemar trazendo ele para cá e mudando de ideia no meio do caminho. Volto a dizer que a culpa não é dele, ele é um baita profissional e um homem de muito caráter. Mas o Vila Nova já não podia admitir entrar em campo e ser derrotado mais duas vezes, algo tinha que mudar”, expõe.

Vida Nova

Com a lacuna aberta, o diretor dá carta branca aos auxiliares técnicos para comandar o Tigrão antes da Copa: “Vamos apostar agora em dois profissionais da casa. O Christian Lauria vai ser o técnico nessas duas últimas partidas auxiliado direto pelo Hermógenes Neto. A intenção é que a proximidade deles com o clube dê umachacoalhada no elenco e monte um time mais próximo do torcedor. Quando a pausa para a Copa começar, aí sim vamos pensar em uma nova comissão técnica para comandar a inter-temporada e tentar salvar o Vila Nova”.

Roni ainda comenta que uma quarta troca de comando técnico na mesma temporada é inadmissível, por isso, a decisão para a contratação de um novo treinador será muito bem analisada: “Temos que tomar muito cuidado, agora é a última cartada. Não podemos errar mais. Se isso acontecer, vamos estar jogando fora tudo aquilo que acreditamos e começamos a fazer no Vila. Um novo erro fatalmente vai atrapalhar ainda mais o andamento do time, então essa decisão será bem meticulosa, detalhada em tudo que for possível, com muito carinho”.