Foram nove títulos, 145 gols, muita emoção e poder de decisão demonstrados com a camisa 11 esmeraldina. Clemerson de Araújo Soares, o Araújo, poderia muito bem ter Goiás no nome após nove anos intercalados defendendo a clube e se tornando o maior artilheiro da história entre outros tantos ídolos. Os números não foram suficientes para segurar o atacante mais tempo no Goiás e o com o contrato encerrado nesta sexta-feira, Araújo deu adeus, mas recebeu as glórias que merecia.

O jogador foi homenageado pela diretoria, jogadores e comissão técnica, ganhando uma camisa do Goiás com seu nome e o número 145, em alusão aos gols que marcou. Dentro do vestiário, o diretor de futebol Marcelo Segurado agradeceu a passagem do jogador e o goleiro Harlei chegou a destacar, emocionado, que Araújo era o maior jogador que ele viu vestindo o uniforme esmeraldino. Araújo também destacou que era só agradecimentos por tudo que conquistou no clube.

“É importante para a minha carreira essa homenagem, tanto na questão profissional como a pessoal também. Criei amigos aqui, desde jogadores a comissão técnica, e a gente leva isso pra nossa vida. Não tem nenhuma mágoa, é o futebol, eu mesmo queria ficar mais, mas a gente sabe o momento, futebol é assim, já estou acostumado com isso. Não tenho nada a reclamar, só a agradecer, só tenho coisas boas para levar comigo”.Imagem 028

Nesta segunda passagem pelo clube, foram apenas 39 jogos realizados e nove gols marcados, todos eles no Campeonato Goiano desta temporada. Araújo agora deve seguir caminho para o Santa Cruz (PE), na disputa da Série B, ainda que não tenha nada confirmado e deve resolver isso “em uma ou duas semanas”, segundo o jogador. Araújo se mostrou satisfeito por ter sido utilizado com frequência nessa temporada, mas revela que esperava mais da temporada passada.

“Sim, principalmente ano passado, esse ano nem falo tanto que eu joguei mal, mas ano passado eu poderia sim. No futebol hoje em dia, o treinador tem um esquema e eu respeito, sempre respeitei, nunca tive problema com isso e até poderia. Já esse ano eu não tenho nada a reclamar”