Professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino de Goiânia decidiram em assembleia, nesta sexta-feira (4/7), suspender a greve da categoria. A paralisação começou, em 26 de maio, com a insatisfação dos trabalhadores em relação a promessas de melhorias salarias não cumpridas pela Prefeitura. As principais reivindicações, naquela época, eram o pagamento da data base e incorporação de gratificações.
Com a suspensão da greve, os servidores criaram uma comissão permanente de negociação, formada por representantes dos professores, auxiliares de atividades educacionais, administrativo, Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e três representantes da Prefeitura. As negociações serão intermediadas pelo Ministério Público (MP).
“Vamos brigar pelas nossas demandas dentro da comissão de negociação. A proposta de pauta não foi atendida, mas vamos dar um voto de confiança à Prefeitura. Se as promessas não forem cumpridas, o movimento tem tudo pra voltar”, explica o coordenador-geral do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Sismed), Renato Regis.
Além de cobrar as melhorias salarias, os servidores reivindicam o arquivamento dos processos de exoneração de dois trabalhadores que lideram o comando de greve.
Corte de ponto
Com o início das negociações entre grevistas e Prefeitura, a Secretaria Municipal de Educação prometeu pagar os dias do mês de maio cortados de todos os trabalhadores da educação na folha de julho. A pasta ainda garantiu que o pagamento do mês de julho será feito de forma integral.
Desocupação da Câmara Municipal
Ocupada pelos professores desde o dia 10 de junho, a Câmara Municipal será desocupada na tarde desta sexta. Após a assembleia, os servidores já começaram a organizar e limpar o espaço. A saída simbólica está marcada para, ás 14h.
