O mundo do futebol jamais esquecerá que no dia 8 de Julho, a Seleção Brasileira foi massacrada pela Alemanha por 7 a 1 em uma semifinal de Copa do Mundo, jogando em casa. O torcedor brasileiro jamais esquecerá que o comandante dessa Seleção era Luiz Felipe Scolari, que preferiu apontar uma “anormalidade” no futebol alemão do que culpar o fracasso do futebol brasileiro. Até por isso, ele não vê a necessidade de se adotar uma nova realidade do futebol no país.
“Porque perdeu um jogo hoje? Essa equipe que tá aí, provavelmente, 12 ou 14 jogadores vão estar no Mundial de 2018. Essa equipe da Alemanha estava em 2010, estava na Euro 2012, foi um caminho deles também. Temos que sentar, analisar, ver o que aconteceu. Temos que trabalhar com eles, porque muitos estarão em próximas convocações e podem estar no Mundial de 2018, mostrar que foi atípico, que hoje não é o normal porque o que a Alemanha jogou hoje não foi normal”
Normal também não foi a escolha do treinador pelo garoto Bernard logo de cara para a partida, enquanto que Paulinho e William eram os que mais haviam treinado na véspera da partida. Felipão explicou que só tentou esconder a escolha da imprensa, até para o técnico alemão não obter informações sobre Bernard, que atua no futebol ucraniano.
“Vocês (imprensa) estavam lá e vocês cobrem treinos, passam informações para o jornal de vocês e o adversário vê. A gente também quer confundir. Quando fomos na coletiva, falamos que tínhamos recebido informações, assistido vídeos e visto jogadas que podíamos fazer em cima de A ou B com jogador de velocidade, e esse jogador era o Bernard. Por isso colocamos ele no final para ter as jogadas e foi isso que fizemos ontem em relação ao jogo de hoje”
Campeão em 2002, fracassado em 2014. Esse é o balanço do treinador, que acredita não ter nenhuma dívida após o resultado no Mineirão, já que trabalhou da melhor forma que pensava. O trabalho do treinador, campeão também na Copa das Confederações do ano passado, registrou o pior derrota em toda a carreira dentro do futebol, segundo o próprio Felipão.
“Provavelmente é a pior, embora eu já tenha perdido outros grandes jogos e quando perde de um, dois ou três é a mesma coisa, porque fica aquela revolta. Se eu for pensar na minha vida como um todo, como jogador ou treinador, é o pior dia da minha vida, mas continua a vida. Eu vou ser lembrado por essa derrota, mas era um risco que eu sabia que eu corria quando assumi. Quando a gente assume, tem que assimilar e seguir em frente, é o que vou fazer”