Portaria assinada nesta quarta-feira (9/7) pelo secretário estadual de segurança pública do Estado de Goiás, Joaquim Mesquita, proíbe policiais militares e civis de entrarem armados em bares, boates e restaurantes. A medida é válida quando o servidor da segurança pública estiver fora do horário de trabalho e portando arma de propriedade do estado.

A Secretaria de Segurança Pública restringiu o uso de armas após a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel/GO) apresentar vários casos em que policiais armadas se envolveram em algum tipo de confusão em bares e boates.

“Devemos restringir ao máximo o ingresso de armas nos espaços públicos e, sobretudo, naqueles que há consumo de bebidas alcóolicas”, defende o secretário de segurança pública, Joaquim Mesquita.

REUNIÃO MESQUITA SSP
Secretário de segurança pública (centro) com representantes da Abrasel/GO (Foto: Rodrigo Augusto)
Durante entrevista coletiva, Mesquita garantiu que policiais que desobedecerem a determinação serão punidos. Inicialmente as penalidades aplicadas serão disciplinares, mas poderão chegar a esfera civil e penal.

Alguns bares e boates provavelmente irão disponibilizar cofres para que as armas sejam guardas e os policias permaneçam no local “Vai ficar a cargo da operação do restaurante. Cada empresário vai definir o que ele vai fazer”, destaca o presidente da Abrasel/GO, Rafael Campos Carvalho.

Casos

Clientes de uma casa noturno, no Setor Marista, em Goiânia, ficaram expostos às dezenas de disparos durante um tiroteio envolvendo três policiais militares e dois seguranças do estabelecimento, no dia 26 de junho deste ano. A confusão começou quando dois militares se desentenderam dentro de um banheiro da casa de shows. 

Troca de tiros entre policiais em bar deixa cinco feridos em Goiânia

Marcos Antônio Delfino, cabo da Polícia Militar (PM) foi morto a tiros, no dia 13 de junho, no Setor Curitiba III, em Goiânia, ao tentar impedir um assalto a uma distribuidora de bebidas. Ao perceber a ação dos bandidos, o policial sacou a arma e tentou impedir o crime, mas acabou baleado e morto na frente do filho. O policial estava de folga.

Em maio do ano passado, Luan Vitor de Oliveira, de 20 anos, foi morto a tiros dentro do Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia. O autor do assassinato é um policial civil que estava de folga. Na época, o policial disse que defendeu o filho de uma suposta tentativa de roubo.