O time do Atlético é outro após a chegada de Hélio dos Anjos. É só observar a aplicação e a postura tática do time, que mudou da água para o vinho após a intertemporada e ficou provada na vitória por 4 a 2 sobre o Oeste nesta terça-feira, no Serra Dourada. Mas, nem tudo são flores na visão do treinador rubro-negro, que gostou da força que o time teve, mas puxou a orelha quanto a marcação, principalmente no apagão de quatro minutos na etapa final.

“Nós fizemos 2 a 0, tomamos 2 a 2 e tivemos a capacidade de recuperar dentro do jogo pra vencer a partida, mesmo eu sabendo que meu time estava marcando mal nos dois tempos. Gostei do meu time, apesar da marcação, pecamos, poderíamos colocar tudo a perder, mas o time teve força para reverter o quadro. Foi difícil. Não vou pensar nos próximos quatro jogos, vou pensar no Náutico que é o nosso próximo jogo, que tava lá descansando e vendo nosso jogo”

Algo que chamou atenção na partida desde o primeiro tempo foi a postura de Júnior Viçosa, que estava cabisbaixo, apesar disso não ter atrapalhado o rendimento durante os 90 minutos. Na saída do gramado, o jogador confessou que está com um problema pessoal, mas Hélio dos Anjos revelou que não foi procurado pelo atleta, a quem ele elogiou mais uma vez.

“Ele pode estar com um problema particular, eu não sei. Eu sou um treinador que estou sempre a disposição do jogador, mas ele não me procurou em momento algum para falar alguma coisa. O que ele fez hoje vale mais do que os gols pra mim, a jogada que ele fez no terceiro gol foi espantosa pra mim, do ponto de vista físico, de explosão, e mais importante ainda foi o Jorginho fazer os gols, que também não está acostumado”

Os poucos mais de mil pagantes que estiveram no Serra Dourada, vibraram em alguns momentos de entrega dos jogadores e de jogadas bem trabalhadas, como as tabelas que resultaram em gols. Essa nova forma do Atlético jogar não é um mérito do treinador, segundo o próprio destaca, e sim dos jogadores, que aceitaram a nova condição de trabalho e estão dando o máximo para atingir o objetivo de vitórias.

“Eu falei pra eles depois do jogo contra a Luverdense que não é o treinador que tá fazendo isso, é o jogador. Eu sempre falo que treinador é um gerenciado de sonhos, eu sou um treinador que trabalha a tática com eles, apesar que falam que treinador brasileiro é preguiçoso, não entende de tático e tudo mais, mas eu tenho que criar situações. Eu trabalho, faço treinos fortes, gosto de coletivo para ensaiar marcação. Os méritos são dos jogadores, de aceitarem essa situação”