O terceiro e último reforço do Goiás na parada para a Copa do Mundo foi apresentado nesta quarta-feira no clube. Após todo o trâmite burocrático e de ter sido regularizado na última terça-feira, o lateral esquerdo Léo Veloso, enfim, foi apresentado e está a disposição do técnico Ricardo Drubscky para o duelo contra o São Paulo neste domingo, às 16h, no Serra Dourada. Sete anos depois, o lateral de 27 anos volta ao Brasil e não achar que terá dificuldade em se readaptar.
“Sinceramente, não é difícil não porque eu não sou nenhum menino mais, não cai de paraquedas no futebol. Tenho uma experiência internacional de quase sete anos e isso me agrega muita coisa, passei por três escolas completamente distintas de futebol e me adaptei bem em todas elas. Eu encaro com muita naturalidade, não vejo nenhum problema em readaptação ao futebol brasileiro, até porque o esquema de jogo que se utiliza aqui é o mesmo que muitas equipes europeias tem usado”
O último jogo oficial de Léo foi em Maio de 2013, pelo Chornomorets, da Ucrânia, onde ele sofreu uma lesão e não concordou com os métodos de tratamento do time ucraniano, realizando a recuperação de seis meses no Brasil. Revelado no Atlético Mineiro em 2006, o jogador pode não ser conhecido pelos brasileiros, mas uma pessoa especial o conhece bem: Ricardo Drubscky, com quem trabalhou na base do Galo.
“Realmente, falam assim: ‘O Léo é desconhecido’. Mas, pro Ricardo não, ele me conhece muito bem, a gente já trabalhou junto por quatro anos seguidos, ele como meu coordenador. Então, ele sabe muito bem meu estilo de jogo, como eu posso ajuda-lo dentro do esquema, foi daí que surgiu essa relação. O Ricardo é uma excelente pessoa, um treinador muito capaz e temos uma relação muito boa”
Sensação de medo
Foram dois anos no futebol ucraniano, onde Léo garante ter se surpreendido com o bom nível das equipes, que contam com vários jogadores brasileiros. Alguns destes jogadores, que atuam no Shaktar Donetsk, se recusaram a se reapresentar ao time nesse momento de intenso conflito entre Ucrânia e Rússia. Léo não viveu os principais momentos de tensão, mas revela que o ambiente mexe com a cabeça do jogador.
“Lógico que a gente, como atleta, tenta se concentrar o máximo possível só em jogar, mas quando passa para esse campo de conflito… a gente tem família, quando sai pra treinar a gente deixa esposa e filho em casa, e isso é muito complicado. Eu ia voltar pra Ucrânia, tinha uma proposta pra retornar, cheguei a fazer pré-temporada, mas quando vi a confusão, é um ambiente incerto e fica complicado. Eu não voltaria e entendo como os jogadores do Shaktar não quiseram voltar”