Em matéria de Vila Nova, um dos que mais conhece os caminhos, problemas e maneiras de soluciona-los é Carlos Alberto Barros, ex-presidente e hoje presidente do Conselho Deliberativo. Nesta quarta-feira, ele terá papel fundamental, já que os conselheiros se reunirão na sede do clube em meio a crise que o Vila atravessa. Uma das pautas será o abaixo assinado feito por conselheiros exigindo a saída de Roni, diretor de futebol do clube. Barros desconsidera tal manobra.
“Não chegou a mim, não chegou ao Conselho, não tive conhecimento disso, mas acho que não é por aí. Não é a saída do Roni que vai melhorar o Vila, que vai resolver o problema. Se a gente olhar e nos unir, trabalhar juntos, dar as mãos e todo mundo ajudar, não tem porque dar errado. Ficar com essa de tira isso, tira aquilo, não vai resolver nada. É muito fácil chegar e contratar jogador de R$30, R$40 mil e depois deixar uma bomba-relógio que atual diretoria tá pagando”
Roni já contratou 29 jogadores desde o momento que assumiu o futebol do Vila, e o time está na lanterna da Série B, caminhando a passos largos para o rebaixamento. Barros já viveu situação semelhante quando era o presidente executivo em 2006, caindo para a Série C, mas subindo no ano seguinte. A única diferença lembrada pelo dirigente é que, naquela ocasião, o Vila não teve problemas judiciais e uma crise tão grande como agora.
“Não fomos muito felizes, rebaixamos e depois subimos, mas de qualquer forma nós não deixamos problemas pro Vila. Quando eu sai, não tinha nenhuma ação trabalhista, e hoje tem centenas. Não é por aí, temos que dar um basta, resolver e deixar o Vila do tamanho que ele é. Hoje ele é pequeno, mas temos certeza que vamos sair desse buraco”
Para sair desse buraco, é preciso uma solução financeira. E quando o assunto é dinheiro, os bolsos do presidente do Conselho estão fechados. Barros destaca que já colaborou muito com o clube, até mais do que podia, e que hoje isso é “função” de outros dirigentes. Um deles é o vice-presidente do Conselho, Zé Eduardo Catral, que tem bancado muita coisa do próprio bolso, ficando até isolado nessa situação. Barros não enxerga dessa forma.
“Eu não acho que ele ficou sozinho. Primeiro que eu nunca participei dando dinheiro (nesse ano), acho que minha contribuição já foi dada, tanto que desde o início, quando se formou a diretoria, eu disse que daria minha contribuição institucional, de apoio, mas nunca de algo financeiro. Sobre ele (Zé Eduardo) cai a responsabilidade maior, que é a parte administrativa-financeira, então ele aparece mais, os problemas caem mais pra cima dele”