O trabalho não foi desenvolvido da melhor forma e um dos que mais sente isso na pele é o treinador. Não é diferente no caso do técnico Márcio Azevedo, do Vila Nova, que se mostrou ferido por mais uma derrota colorada, dessa vez para o Luverdense, por 2 a 0, em Lucas do Rio Verde, ainda mais porque a derrota aconteceu por infelicidades individuais.

“Mais uma vez, a gente estava, relativamente, bem posicionado dentro de campo, mas tem que dar mérito para o jogador que chutou e acabou tendo a felicidade, foi uma infelicidade nossa, e aconteceu o primeiro. A gente buscou, procurou uma situação diferente, coloquei alguns jogadores que não tinham jogado para ter uma leitura melhor, mas infelizmente é uma primeira derrota, temos outros 18 jogos para buscar a primeira vitória, e que ela possa vir já contra o Náutico”

Apesar de estar bem postado na opinião do treinador, o Vila tem um número muito excessivo de impedimentos: 11 no total, sendo cinco deles apenas do atacante Jheimy. Márcio Azevedo destacou que alguns até podem ser questionáveis, mas que isso não foi o motivo da derrota, nem mesmo a arbitragem pode ser acusada de ter influenciado no placar. Quem paga a conta, no fim, é mesmo o time.

“No 1º tempo a gente tava um pouco longe, mas até comentei no intervalo que tinha acontecido três ou quatro situações de impedimento que era preciso uma atenção maior. O 2º tempo eu tava bem na linha, então algumas situações realmente aconteceram. É muito fácil perder e transferir responsabilidades, a arbitragem as vezes influencia pela forma como é conduzida, mas a gente não pode reclamar, o primeiro gol foi de forma licita e o segundo, a gente estava exposto”

O Vila estacionou nos 14 pontos, mantém a lanterna da Série B e vê o tempo reduzir para iniciar a reação tão comentada e esperada. Márcio Azevedo não desiste, mantém o pensamento positivo, mas destaca que a missão não é das mais fáceis, já que o elenco tem as deficiências naturais e não é possível qualifica-lo nesse momento. Por isso, a conta é fazer metade dos pontos daqui até o fim da competição.

“A gente sabe das limitações do grupo, a dificuldade existe até mesmo pelo fato da pontuação, e a gente sabe que vai ser difícil. A gente trabalha hoje, dos oito jogos que eu tinha dirigido, de ter 50% de aproveitamento, são agora mais 18 jogos e a realidade é essa para que no final, de repente, aconteça a permanência. Vou continuar acreditando, fazendo minhas observações com relação a postura tática, observar os adversários. É tentar ser mais agressivo, tentar ser contundente”