Na Arena Pantana o Goiás fez uma das suas melhores partidas no Campeonato Brasileiro. 

Renan foi eleito a fera do jogo e Samuel fez o gol da vitória diante do Flamengo de Luxemburgo.

Vitória para ser comemorada e enaltecida.

Foi o primeiro gol do atacante que chegou para resolver o problema da falta de gols da equipe esmeraldina. A jogada foi de Erik que mais uma vez vai provando o quanto foi mal aproveitado na temporada passada por Enderson Moreira.

Uma pena que foi tirado do torcedor esmeraldino o direito de ver de perto o seu time vencer um dos maiores times do Brasil.

A respeito desse assunto: Concordo em gênero, numero e grau com o companheiro Elder Dias (sou fã) que escreveu o seguinte texto no site da ESPN.

E antes que algum bobo venha dizer que sou contra o Goiás, disse e penso rigorosamente o mesmo do Vila que se vendeu por ocasião do jogo contra o Vasco e o Atlético que também está se vendendo e desrespeitando o seu torcedor.

Os dirigentes do nosso futebol não sabem valorizar o próprio produto.

http://espnfc.espn.uol.com.br/goias/verde-33/o-dia-em-que-venderam-o-goias

 

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O dia em que venderam o Goiás

Por Elder Dias, do Verde 33 – 10 de setembro de 2014, 12:39

 

Pela primeira vez na história, o Goiás vendeu seu mando de campo.
Já ouvi dizer que foi por 820 mil, 1 milhão, 1 milhão e meio. Não importa.

O que importa é isso ser um grave sinal de como o Maior do Centro-Oeste está seapequenando.

Se o Flamengo ou o Corinthians ou mesmo o Botafogo deixam de jogar em casa para ganhar uma grana em Manaus, Brasília, Maceió, Campo Grande ou Cuiabá, não há problema. São times nacionais e sua torcida em outros Estados merece ver seu clube de vez em quando.

Geralmente, os jogos vendidos ocorrem em praças onde o futebol local só chegou à Série A, se chegou, por acaso. É o caso de Cuiabá, que não tem uso para sua Arena Pantanal nem na Segundona do Brasileiro — a Luverdense, caçula da competição e representante do Estado, joga em sua cidade, Lucas do Rio Verde.

Mas meu problema não é a destinação dos elefantes brancos da Copa. Meu problema e minha paixão, como a da maioria que lê agora este artigo, é o Goiás.

O Goiás não tem torcida para fazer valer seu mando de campo nem em Brasília. Ou seja, na verdade não há campo neutro: serão 32 mil rubro-negros em Cuiabá.

Ou seja, tecnicamente, um péssimo negócio. A pressão contra será maior do que um jogo no próprio Maracanã, que estaria proporcionalmente bem mais vazio e o público, se muito chegaria a 20 mil pessoas. O Verdão vai estar bem mais distante de pontuar do que se o jogo fosse no Serra Dourada. Este é o primeiro ponto, importante, mas não tão grave.

Graves, mesmo, são duas coisas: o simbolismo e o precedente. O Goiás, em toda a sua história, só deixou de jogar em casa por punição ou impedimento de outra ordem. Nuncapor opção. Nunca por dinheiro, simplesmente. Obviamente, quando houve a oportunidade de lucrar com isso por motivo de força maior (em 2008, contra o São Paulo, em Brasília; e neste ano, contra o Botafogo, em Juiz de Fora), o clube a aproveitou.

Agora é diferente: sob os argumentos de que 1) a torcida não comparece ao estádio; e 2) de que o clube precisa de grana, a obtusa diretoria decidiu entregar os pontos (quem dera seja só no sentido metafórico) para uma empresa qualquer.

Estúpidos. Querem pôr na conta da torcida a própria incompetência administrativa de anos e anos do mesmo grupo (sim, pois foi Hailé Pinheiro que elegeu TODOS – detesto “caps lock”, mas isso merece – os presidentes do Goiás nas últimas três décadas).

Não foi o torcedor que vendeu jogador e não sabe o que foi feito de milhões de euros. Não foi o torcedor que fez as opções erradas de contratação de pernas-de-pau e não foi o torcedor que teve a cegueira de deixar passar por aqui talentos como um Ricardo Goulart da vida, com a chance fácil de ganhar tecnicamente e financeiramente para dá-lo de bandeja para outro clube.

Não é o torcedor que emprega gente no clube com a finalidade de segurar votos para a próxima eleição. Não é o torcedor que contrata funcionário fantasma.

Não é o torcedor que acha que ganhar título ou disputar Libertadores vai quebrar (mais??) o clube. Não é o torcedor que tem medo de ir para a Argentina.

A única coisa que o torcedor esmeraldino fez de errado até hoje foi ser apaixonado por um time que não quer nada mais a não fazer eterno papel de coadjuvante.

A perda da vaga na Libertadores trouxe a desilusão total para muitos, inclusive para este que aqui escreve.

Por isso é tão cômico e triste, ao mesmo tempo, ver a diretoria, que gasta mal e errado, reclamar que a torcida não vai mais ao estádio como justificativa para se vender. Ora, vocês serrinhistas fizeram tudo para que isso acontecesse, caras pálidas!

Quer saber mesmo? Há uma grande distância entre ser fiel e ser trouxa. O torcedor alviverde não tem só o direito de não ir ao estádio: hoje ele teria até o dever de não ir, para escancarar que há algo podre (e faz tempo) no reino da Serrinha.

Então, não venha a diretoria serrinhista jogar a culpa no esmeraldino pela realização de um jogo com o mando de campo do Goiás em Cuiabá. Essa não cola. Vocês venderam a almado Goiás já faz tempo. Agora só estão providenciando a entrega do produto.

Goiás Esporte Clube é muito menor a partir de hoje graças a vocês, dirigentes apáticos, estúpidos e hipócritas.