O governador e candidato à reeleição, Marconi Perillo (PSDB), esteve na Rádio 730, onde participou da primeira edição do Jornal 730. O tucano comentou pontos polêmicos de seu governo, como o gasto com publicidade e a devolução de dinheiro, que era destinado à área de Segurança Pública, para o governo federal, supostamente por falta de projetos.
Inicialmente, o candidato confirmou participação no debate da TV Anhanguera, mas alegando estar com a agenda preenchida, disse que ainda não pode confirmar presença no segundo debate da Rádio 730 com os governadoriáveis, previsto para a próxima segunda-feira (29). “Eu vou ver a possibilidade de desmarcar os compromissos. Se eu conseguir desmarcar não tem porque eu não vir”, afirmou.
Durante o terceiro mandato a frente do governo de Goiás, Marconi Perillo destinou R$ 500 milhões para publicidade e propaganda. O governador garantiu que os gastos foram feitos de acordo com a legislação. O tucano ainda argumentou que proporcionalmente gastou o mesmo que a prefeitura de Goiânia, quando esta tinha Iris Rezende no comando.
Ainda sobre a relação com a mídia, o governador negou ter qualquer ligação com um blog que desde 2013 faz a defesa da administração tucana e ataca adversários políticos e jornalistas que criticam ações do governo estadual.
Marconi Perillo ajudou a eleger o seu vice da gestão anterior, Alcides Rodrigues, em 2006. O governador afirmou que não teve participação na administração do pepista, pois eles teriam rompido no início do mandato.
Sobre o período do PMDB, o tucano alega que Iris rompeu com Henrique Santillo, porque este era moderno, avançado e honesto.
Apesar das diferenças, o governador ressalta a importância do rival. ““Eu sou adversário do Iris, mas é impossível não reconhecer a sua participação na história recente do Estado”.
Segurança Pública
Neste terceiro mandato de Marconi Perillo, o governo estadual devolveu R$ 12 milhões à União. O dinheiro era destinado à área de Segurança Pública, mas não foi utilizado pela falta de projetos. O governador defendeu que os recursos vieram para o Estado na gestão de Alcides Rodrigues, e que não havia tempo hábil para executar as licitações para a construção de presídios, que seria a destinação da verba.
Em contrapartida, o tucano apontou que quatro presídios estão sendo construídos no Estado, nas cidades de Formosa, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Anápolis.
Ainda na área de Segurança Pública, o Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (Simve) está enfrentando questionamentos judiciais. Marconi garante que enquanto a ação não for transitada e julgada, o governo manterá o projeto em atividade. “Estes homens e mulheres estão prestando um grande serviço ao Estado”, argumentou.
Objetivo
A respeito de um possível quarto mandato, Marconi disse que o desejo dele é terminar de implantar medidas em curso na área de Segurança Pública, como a construção da Central de Controle e Inteligência. Ele também afirmou que vai puxar movimentos nacionais para a revisão do Código Penal e para obrigar o governo federal a endurecer as relações com países vizinhos que fabricam e vendem drogas, por meio de contrabando, para o Brasil.