Com o rebaixamento confirmado no Campeonato Brasileiro da Série B e a certeza de que o trabalho realizado em 2014 tem que sofrer drásticas mudanças para o ano que vem, o centro das atenções no Vila Nova passou a ser a situação administrativa do clube. A renúncia de Joás Abrantes aparece como forte tendência, o que forçaria uma eleição no Vila. Alguns grupos já começam a se movimentar nos bastidores para concorrer ao pleito.

Atualmente dirigindo as categorias de base do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que também é conselheiro, já vem aparecendo há algum tempo com certa importância nos bastidores colorados. Apesar disso, o diretor afirma que não concorrerá às prováveis eleições: “Não sou candidato de maneira nenhuma. Não escondo que tenho vontade de ser presidente do Vila um dia, mas ainda vai demorar muito. Ser presidente do Vila Nova não é uma coisa fácil, tem que ter responsabilidade e consciência da grandeza que ele está inserido”, avisa.

Mesmo assim, ele não deixa de dar seu parecer sobre a atual situação e pede mudança em 2015: “Seria muito pretencioso da minha parte querer apontar o que deve e o que não deve ser feito no Vila para o que ano vem. Mas o fato é que não dá para continuar dessa maneira, se não o resultado vai ser toda vez o mesmo: o insucesso. É necessário repensar o clube, principalmente para transformar o ambiente de trabalho. Aqui hoje é normal perder. Isso não pode acontecer, tem que mudar tudo, um pensamento mais pró-ativo”.

A primeira grande mudança, para Hugo, seria uma união maior no âmbito político do clube. “Acho que seria mais um erro se, não próxima reunião, aparecer outra divisão dentro do clube. Infelizmente, quando temos a oportunidade de unir em prol de um trabalho, o que a gente faz é segregar e separar tudo. O Vila não está em condições de apartar ninguém, toda ajuda é importante. Mas, as pessoas que realmente querem o bem do time acaba ficando refém do processo e de mãos e pés atados”.

De olho na formação das prováveis chapas, onde apareceram Vinícius Marinari e Guto Veronez, o diretor prefere não fazer lobby por ninguém. “Não torço por nenhum nome individualmente. Não defendo nenhuma candidatura. O que eu espero é que quem assuma daqui para frente mude as coisas aqui no bastidores. Eu sempre estarei à disposição do Vila Nova, independente de quem seja o mandatário. Seja A ou B, se me convidar para ajudar, dentro das minhas possibilidades, pode ter certeza que me colocarei à disposição”, finaliza.