Maior artilheiro da história do Goiás, o atacante Araújo deixou o clube nesse ano depois de participar do Campeonato Goiano vestindo a camisa esmeraldina. Logo após sua despedida, o jogador entrou com uma ação trabalhista contra o clube pedindo uma bolada de aproximadamente 500 mil reais por peculiaridades em seu contrato profissional assinado com o Verdão.

Na tarde dessa segunda-feira uma reunião conciliatória foi realizada entre as partes e acabou definindo em comum acordo o pagamento de 400 mil reais do Goiás para Araújo. O atleta foi representado pelo seu advogado, Paulo Henrique Pinheiro, enquanto o clube teve seu presidente do departamento jurídico, João Bosco Luz, à frente do caso. Em entrevista à Rádio 730, o advogado de Araújo explicou o acordo costurado:

“O Goiás fez uma proposta conciliatória, nós apresentamos uma contraproposta e a negociação acabou sinalizando com um acerto nos 400 mil reais a serem pagos em 13 parcelas. Ficou de bom tamanho para as duas partes e o melhor de acertar dessa maneira rápida e pacífica é manter ilesa a bonita história que o Araújo tem com o Goiás”, revelou Paulo Henrique Pinheiro.

Outro assunto esclarecido pelo advogado foi as polêmicas geradas em torno dos pedidos do atacante, que não eram nada comum em negociações entre clubes de futebol e jogadores profissionais. Um dos pontos que chamou a atenção foi o pedido de adicional noturno apresentado pela defesa do atacante, já que Araújo jogou vestindo a camisa do Goiás em períodos noturnos em diversas ocasiões. O advogado defendeu o pedido:

“Apesar de não muito usual, essa questão de adicionais noturnos é prevista para qualquer profissional, inclusive os atletas de futebol. Todo trabalhador que labore das 10 horas da noite até as 5 horas da manhã está apto a fazer esse pedido adicional de 20%. Já tive várias ações nesses sentidos e acredito realmente que seja direito também de um atleta de futebol”, declarou.