O diretor geral do Procon Goiânia, Miguel Tiago, foi o entrevistado do Cidadania em Destaque nesta terça-feira (16). Ele orientou ouvintes que enviaram mensagens pelo aplicativo Whatsapp e também os que ligaram para participar ao vivo do programa. São muitas as reclamações (e as dúvidas também) quando se fala em direito do consumidor. Mas alguns contratempos podem ser evitados com atitudes simples de cautela na hora de comprar. As dicas valem muito para esta época do ano, quando o comércio está bastante aquecido.

“Em regra, o consumidor em Goiânia sabe dos seus direitos. Havendo uma boa conversa, com esclarecimentos na hora da venda e um pós-venda bem feito, poucos problemas desencadeiam no Procon”, declara Miguel Tiago. Segundo o diretor, o período pós Natal é o de maior demanda, com relação às compras de fim de ano. “É quando surgem a insatisfação com determinados produtos e as tentativas de troca, por exemplo, de presentes que não serviram”, explica.

O Código de Defesa do Consumidor não estabelece uma obrigatoriedade de troca que funcione como regra geral para todas as relações de compra e venda. “A troca é uma liberalidade do empreendedor. Aquele produto adquirido em compra presencial, em que o consumidor avalia, testa e sabe exatamente o que está comprando, não tem nem que falar em troca. Mas o comerciante que quer ganhar o cliente se preocupa em assegurar esse direito a ele”, afirma Miguel Tiago.

No caso de presentes, a orientação para a troca é que a pessoa compareça à loja com documentação que comprove a compra do produto no estabelecimento, ou seja, a nota fiscal. Aí é preciso deixar de lado a preocupação em informar o valor do presente para quem o recebeu. “Também é importante lembrar que a loja pode não ter mais aquele produto que se deseja trocar. Mas o comerciante vai conquistar o cliente oferecendo outro produto de igual valor. Os comerciantes estão muito atentos a esse aspecto da conquista e isso tem facilitado muito a relação entre as partes”, afirma o diretor.

Outro alerta do Procon é para evitar as compras por impulso, quando o consumidor se depara com produtos a preços vantajosos e acaba comprando simplesmente para não perder a oportunidade. “Nessa época do ano, com o 13º salário em mãos formigando para gastar, é difícil resistir a uma vantagem extraordinária. Mas você pode precisar desse dinheiro em janeiro. Então, é preciso estar muito atento e comprar só o que for realmente necessário. Não compre por impulso”, conclui Miguel Tiago.