A torcida esmeraldina não teve o 2014 que tanto esperava, mas contava com um presente de natal bem recheado para iniciar um novo ano cheio de expectativa. Só que o saco do Papai Noel chegou vazio, sem nada. Aliás, foi até mais que isso: o bom velhinho deve ficar em dívida com o Goiás. Em entrevista especial de Natal ao repórter André Rodrigues, na 730, o presidente Sérgio Rassi confessou que as chegadas de Walter e Junior Viçosa não devem acontecer, e revelou que Erik não quer continuar no clube.

As más notícias em plena véspera de Natal começam com o jovem Erik, maior presente da torcida esmeraldina em 2014. Sérgio Rassi explicou que o atleta, que agora tem a carreira conduzida por um novo empresário (Fábio Melo), não quer permanecer no time esmeraldino, mas sim jogar em uma grande equipe para fazer parte da Seleção Olímpica, que será comandada por Alexandre Galo. O jogador já teve sondagens, mas proposta oficial, ainda não chegou nenhuma.

“Nós temos dois problemas, não é só esse da “não proposta oficial” pelo jogador. É algo muito pior: a vontade do jogador não continuar no Goiás no ano que vem.  Ele deixou bem claro que pretende sair do Goiás em 2015. Ele tem intenção em jogar a Olimpíada, tem intenção de jogar em uma vitrine que ele apareça mais, ele acha que é o momento de sair e obviamente a gente tem que respeitar isso. Mas, ele também tem que respeitar o clube que o criou”

O sonho de Sérgio Rassi era ter no Goiás, em 2015, a dupla de ataque formada por Erik e Walter, outro ídolo da torcida que poderia voltar. A verdade é que, se um quer sair, o outro não demonstra nenhuma vontade de voltar. Rassi explicou que teve um contato com o diretor de Fluminense, ainda em Novembro, que ofereceu o atleta, mas o Goiás só aceitaria se houvesse uma parceria. Na hora de conversar com Walter, o presidente esmeraldino não viu a vontade que esperava.

“Ainda na época do Marcelo Segurado, ele demonstrou vontade de vir à Goiânia iniciar uma negociação e eu, sensibilizado por isso, disponibilizei uma passagem pra ele vir. Eu não sei se ele veio, não sei se usou a passagem, mas o fato é que na data combinada, ele não nos contatou e não respondeu a nenhum chamado telefônico. Eu entendo dessa forma que o jogador não tem interesse de jogar no Goiás em 2015, e não creio que ele se encaixaria na filosofia do nosso treinador. A situação esfriou bastante”

Rassi explicou que a filosofia de Wagner Lopes é de ser disciplinador, e justamente por esse extracampo é que a chegada do camisa 18 ficou praticamente inviável. Samuel, outro que pertence ao Fluminense e que estava no Goiás por empréstimo, também não iniciou nenhuma negociação para permanecer e o Goiás deve ir em busca de um novo nome.

“Pescar” no vizinho

Esse nome poderia ser de Júnior Viçosa, outro que foi oferecido ao Goiás e também a outros times do país. Rassi explicou que o jogador não é visto como uma boa ideia por toda a diretoria e ainda apontou que o salario não é compatível com os desejos do clube. Ainda assim, as portas ainda não estão totalmente fechadas.

“O Viçosa não é uma unanimidade nesse quesito, tem uns que são a favor da gente buscar e outros que não. Não é unanimidade e esbarraria também na questão salarial. Houve um contato inicial onde estipulamos o nosso limite e o empresário não se sentiu muito atraído com a nossa proposta. Acredito que essa negociação tenha esfriado, mas eu ainda alimento alguma chance”, concluiu o presidente, que ainda apontou Matheus Caramelo e Diogo Barbosa como grandes nomes.