Durante essa terça-feira (27/01), o presidente do Goiás, Sérgio Rassi, concedeu entrevista exclusiva ao repórter da Rádio 730. O dirigente, que está retornando de férias, garantiu que manteve contato com Harlei, gestor de futebol do clube, todos os dias. Além disso, demonstrou confiança quanto aos atletas, que apresentaram melhor desempenho na segunda partida da Granada Cup (vencida pelo Goiás), e devem seguir evoluindo a cada jogo, de acordo com o comandante alviverde.
Sobre o fracasso nas contratações dos meias Michael e Caique, o presidente foi enfático. “Fomos bastante infantis nessas duas negociações. Nunca se deve contratar ou pensar em contratar jogadores baseados em vídeos, nem confiar em empresários quanto a condição física de atletas. Não podemos perder tempo tentando recuperar um jogador, que de repente até é tudo aquilo que mostra no vídeo, mas essa carência de tempo, nos impede de arriscar dessa forma”.
Outro ponto comentado na entrevista foi a mudanças de datas e horários dos jogos do Goiás. O Verdão teve quatro duelos alterados nas primeiras cinco rodadas do Goianão 2015 para atender a solicitação da TV detentora dos direitos de transmissão do torneio. “Achei isso um absurdo. O Campeonato Goiano está seguindo os mesmos moldes do Campeonato Brasileiro em relação ao televisionamento dos jogos. Não acho coerente ter dois pesos e duas medidas. Se no nacional, o Goiás ganha bem menos que o Corinthians e o Flamengo, não é justo no estadual, o Goiás ganhar igual outro clube que participe do torneio”.
O presidente esmeraldino defende que, por ter mais partidas televisionadas, o Verdão deveria receber mais que os adversários da competição estadual. “Como o Goiás é o clube que mais vai estar presente nas partidas televisionadas, deveria ter um tratamento diferenciado e não receber os mesmo valores que os outros clubes recebem. E não falo dos times do interior, mas com todo respeito que tenho pelo Atlético, não é justo receber o mesmo (que o Dragão recebe). Vou ter uma conversa com o André Pitta (presidente da Federação Goiana), com a TV Anhanguera e, se preciso for, vou até a Rede Globo reivindicando os direitos que o Goiás tem”.
Sobre os valores recebidos pelos direitos de transmissão no estadual, Rassi revelou que o clube recebe algo em torno de 400 mil reais pelo ano inteiro. É o mesmo valor recebido pelo Atlético. “Temos que conversar sobre. Eu sei que os clubes que estão na Série A ganham valores diferenciados nos outros campeonatos regionais”.
REFORÇOS
Em relação a novas contratações, Sérgio Rassi destacou que considera necessária a chegada de mais três reforços. “Estamos carecendo de um segundo volante. Perdemos dois jogadores importantes e não podemos ficar apenas com o David, que até pela questão da idade, está mais suscetível a lesões, então temos que ter um atleta a altura para substituí-lo. E precisamos também de dois nomes de maior bagagem: um 10, jogador que não seja tão cadenciado quanto o Esquerdinha, que tenha mais agilidade, e um atacante mais experiente”.
Nos últimos dias, a negociação do atacante Rafael Moura com o Vasco da Gama foi encerrada. Nas redes sociais, torcedores esmeraldinos se animaram com um possível retorno de He-Man à Serrinha. De acordo com Rassi, é uma contratação interessante, mas complicada. “Vejo com bons olhos. Esse nome já foi tentando, no início por uma intenção do próprio jogador de vir para o Goiás, mas esbarramos nos altos salários que ele tinha. Houve uma segunda tentativa, mas encontramos outro cenário. O jogador não demonstra tanta volúpia, muita intenção de jogar aqui”. Apesar disso, o presidente alviverde não descarta por completo a possibilidade de tentar mais uma vez essa negociação no futuro. “O Hailé gosta muito desse jogador e vive pedindo para a gente insistir, tentar o retorno dele. Na última tentativa, chegamos a propor (ao Internacional) pagar metade do salário dele, mas não houve êxito”.