Nesta quarta-feira (dia 4), a União Européia (UE) pediu, às forças de segurança ucranianas e aos separatistas, trégua imediata de três dias para que os civis deixem a zona de conflito em Debaltsevo, cidade ao leste da Ucrânia. A entidade se uniu ao pedido da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

A chefe da diplomacia européia, Federica Mogherini , lembrou que atirar contra civis, onde quer que seja, é uma grave violação da lei humanitária internacional. Ela lembrou ainda que a crise humana se agrava de forma acelerada no período mais frio do ano naquela região.             

A cidade de Debaltsevo é o atual foco dos combates mais sangrentos na região oriental ucraniana de Donetsk. Nos últimos dias, a população se reduziu de 25 mil a 7 mil habitantes, segundo a Anistia Internacional.

De acordo com autoridades locais, milhares de pessoas abandonaram a cidade pela estrada, onde não há luz, água e aquecimento. Além disso, vários civis e ativistas morreram ou foram feridos em ataques com mísseis durante a passagem dos comboios.

Mais de 5.300 pessoas morreram no conflito no leste da Ucrânia desde abril de 2014, depois que a Rússia anexou a Criméia, península ucraniana. Desde então, começaram os confrontos no leste do país entre as forças de segurança e os separatistas pró-Rússia. A União Européia e outros países ocidentais impuseram a pessoas e instituições da Rússia e Ucrânia sanções econômicas e políticas por estarem envolvidas na desestabilização ucraniana.