Já se passaram sete rodadas do Campeonato Goiano e o Goiás ainda não convenceu sua torcida, diretoria e crônica esportiva. No início do ano, o Verdão sinalizou que não iria contratar estrelas para disputar o estadual. Dito e feito. O time atua com jogadores que recebem até R$ 50 mil reais e com “garotos” que foram revelados nas categorias de base. Após empatar com o Crac (2×2) na noite de ontem, o técnico Wagner Lopes deixou claro, durante entrevista coletiva, que o time não está rendendo o que era esperado.

“A gente tenta de tudo, mas não tem reação. Do jeito que está indo, o Goiás não classifica nem para as semifinais. Essa é a verdade. Não adianta enganar o torcedor. Nós precisamos mudar a atitude. Não adianta só ter potencial, só ter talento, se não tiver atitude, não mostrar dentro de campo que pode mais”, desabafou.

Já nesta terça-feira (3), o presidente do Goiás, Sérgio Rassi, também expôs sua insatisfação com o desempenho do time. O dirigente esmeraldino lembra as dificuldades financeiras do clube, mas cobra maior empenho dos atletas. “É claro que não estou satisfeito”.

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Sobre as declarações de Wagner Lopes sobre os jogadores da base, Sérgio Rassi tentou minimizar, dizendo que os garotos “são testados como se fosse um laboratório ou vestibular”. Rassi também afirmou que o clube oferece “todas as condições” de trabalho para os jovens e que esperava um pouco mais. “Os jogadores não estão determinados”, apontou.

Das sete partidas disputadas pelo Goiás, apenas duas agradaram Sérgio Rassi. Ele elogiou durante o programa Debates Esportivos, as atuações contra o Crac, no primeiro turno, e contra o Atlético, no Estádio Serra Dourada. “Fora isso, não me lembro de outros jogos que tenham me enchido os olhos”, disparou.

Às Feras da 730, Rassi ainda demonstrou insatisfação com o trabalho feito pelo diretor de futebol Harlei Menezes. Sem mencionar nomes, ele foi categórico ao afirmar que o time não acertou nas contratações. “Contratamos mal, não tenho dúvida disso”, disse.