Mais uma vez, o atacante Nonato tem sido um dos grandes nomes do Campeonato Goiano. Atualmente com 8 gols, o jogador do Goianésia concedeu entrevista à Rádio 730 e garantiu ter totais condições de voltar a atuar em um time grande. “Futebol hoje em dia é muito nivelado. Assim como as pessoas questionam e têm dúvidas se eu tenho condições (de jogar em uma equipe grande), tem jogadores das equipes grandes que não têm condição nenhuma de jogar na nossa equipe do Goianésia. Para tirar a dúvida, só jogando. De repente, se uma equipe grande voltasse a me contratar, todo mundo tirava a dúvida”.

O centroavante de 35 anos também falou sobre a falta de grandes jogadores da sua posição nos principais times. “Hoje se você me perguntar quem é o centroavante do Goiás, eu não sei quem é. Quantos gols ele tem? Quem é o centroavante do Atlético? Então como é que um jogador desse vai para o Goianésia e vai jogar no meu lugar? como algumas pessoas põe em dúvida se eu tenho condição.

O atacante, que já passou por Goiás (2006) e Atlético (2008), não entende os motivos de não receber novas oportunidades nos times maiores. “Não sei. Discriminação, talvez. Vale lembrar que, no ano passado, o melhor meia do campeonato foi o Romerito com 39 anos de idade. Eu fui um dos artilheiros junto com o Viçosa e com o Araújo. Meu atual momento é muito bom e vou procurar sempre fazer meus gols”.

O artilheiro ressaltou que o futebol mudou muito nos últimos tempos. “Esses clubes grandes viraram empresa. As pessoas que comandam esses times não pensam mais só no clube. Pensam no negócio que eles vão fazer. Se eu fosse dirigente de uma equipe, preferia trazer um jogador de 35 anos, artilheiro, que vai fazer gols do que uma promessa  do futebol. Porém, atualmente esses dirigentes preferem apostar em jogadores que fizeram a base toda num clube grande como São Paulo e Flamengo”. Além disso, citou o atacante Rafinha, formado no rubro-negro carioca e que hoje está no Atlético, como exemplo”.

Por fim, Nonato garantiu que não teria problema algum em defender um time grande, caso seja procurado. “Sou um tipo de cara que gosto de ficar em lugares em que as pessoas façam questão  da minha presença. Não vou para um lugar em que as pessoas vão ficar duvidando da minha capacidade e me olhando atravessado. Por isso que continuo jogando aqui no Goianésia. Me sinto bem, muito a vontade porque as pessoas fazem questão da minha presença aqui”.