O técnico Hélio dos Anjos vai comandar o Goiás pela quinta vez. Recordista de títulos na equipe esmeraldina, o treinador enfrenta grande oposição da torcida desde a última saída dele, em 2010. Entre as críticas mais comuns estão as que se referem a ele como ultrapassado, limitado e paneleiro.
Primeiro vou analisar este sentimento de parte dos torcedores esmeraldinos, e depois, sobre as virtudes e defeitos de Hélio dos Anjos. A falta de ousadia do grupo encabeçado por Hailé Pinheiro que comanda o Goiás gerou na torcida uma antipatia ao próprio dirigente, e também, a todos os ícones dos últimos anos, como Harlei, Paulo Baier, Fernandão, Hélio dos Anjos. Esta foi a forma que os alviverdes encontraram para afetar o maioral da Serrinha.
Sobre a qualidade do trabalho de Hélio dos Anjos. Ele não é o cocô do cavalo do bandido como alguns tentam colocar. O treinador está entre os mais vitoriosos da história do Goiás. Os modestos maiores títulos esmeraldinos foram conquistados por ele – penta estadual, Série B e Copa Centro-Oeste. Ridicularizar a qualidade do técnico a este ponto é criticar de forma raivosa, sem argumentação plausível.
Hélio dos Anjos conhece muito de futebol, mais do que a maioria absoluta de seus críticos. O estilo motivador e bairrista também me agrada. Ele precisa aperfeiçoar algumas práticas. Para isto é preciso ter a humildade necessária para tal tarefa. Outro ponto que o treinador precisa melhorar é o foco. Manter o seu trabalho concentrado nas quatro linhas e evitar tantas polêmicas infrutíferas encabeçadas no passado.
Com Hélio dos Anjos, o Goiás nunca correu risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Pelo contrário, em 2008, o treinador chegou ao clube quando este estava afundado na zona do rebaixamento, recuperou a equipe e ainda o colocou em uma classificação mediana.
As minhas ressalvas ao trabalho de Hélio dos Anjos são referentes aos momentos de dar voos maiores. Mesmo quando teve sob o seu comando grandes equipes, o treinador não conseguiu conquistar a cereja de seus títulos no Goiás. Ele fracassou em 2000, na Copa João Havelange, e em 2009, no Campeonato Brasileiro e na Copa Sul Americana.
Para o que a diretoria do Goiás almeja nesta temporada, que é o 16º lugar, Hélio dos Anjos tem capacidade de sobra. Com ele, o time não vai ser rebaixado.
Que o torcedor do Goiás quer mais do que isto não há dúvida, mas esta já é outra história.