Pouco tempo depois do Goiás perder na justiça ações do atacante Felipe e do goleiro Rodrigo Calaça, o esmeraldino terá que se preocupar com o banco dos réus novamente. Dessa vez foi o meia Ramon que entrou contra o clube na justiça trabalhista e pede um valor de 700 mil reais.

O jogador fazia parte do elenco esmeraldino até o início desse campeonato brasileiro e deixou o clube ao final do seu contrato, em junho. Ramon alega que foi despedido enquanto estava se tratando da lesão e, por isso, pede indenização ao clube esmeraldino. Pela legislação trabalhista não se pode demitir um funcionário incapaz de trabalhar.

Ramon explica a sua decisão: “Eu acionei porque eu não tinha terminado meu tratamento ainda e meu contrato venceu. Fui dispensado ainda lesionado, como estou agora. Estou me tratando por conta própria, até por causa disso eu preferi agir assim. Tivemos a primeira audiência e o Goiás ficou de fazer uma proposta, estou esperando”.

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Ele revela ainda que havia acertado, inclusive, a sua renovação de contrato. Porém, o clube voltou atrás após Hailé Pinheiro, presidente do conselho deliberativo, vetar o acerto: “Fiz reuniões com Harlei e o presidente Sérgio e chegamos a um acordo para renovação. Só faltava assinar, estava tudo apalavrado e até topei reduzir meu salário de 50 mil para 35. Depois de 15 dias, o Harlei me comunicou que não haveria renovação porque o presidente do Conselho (Hailé Pinheiro) não havia concordado”.

O jogador agora aguarda a resolução da situação. Ele recebeu sondagens de América-MG, ABC, Paysandu e Boa Esporte, além de uma proposta do Botafogo-RJ. Ele comenta o porquê não definiu um novo clube: “O meu advogado pediu para eu não assinar com outro clube ainda porque pode acabar acontecendo uma liminar me obrigando a voltar ao Goiás, por causa da lesão. Não fui dispensado 100% e pode acontecer de eu ter que voltar. Aliás, não tenho mágoa nenhuma com o clube, tenho muita honra em poder ter vestido essa camisa”.

Por outro lado, o presidente do Goiás, Sérgio Rassi, diz que o clube antes de dispensá-lo analisou a situação física do atleta: “Ele fez recuperação com nosso departamento de fisioterapia e com a preparação física e evoluiu na dor que o impossibilitava de treinar. Foi então que o contratou terminou. Tentamos renovar com ele até o final do ano, mas não deu certo. Ele agora está exigindo o seu direito e nós respeitamos. Mas montaremos a nossa defesa também”.