As duas últimas rodadas deram vida nova ao Goiás no Brasileirão Série A. O time conseguiu além de boas atuações, vitórias importantes, sobre São Paulo (fora) e Vasco (em casa), ambas por 3 a 0, que acabaram por tirar o time da zona do rebaixamento. Outras boas notícias foram a contratação de Zé Love e a volta da torcida o estádio. Contra o Vasco foram mais de 12 mil pagantes, sendo que a média do clube vinha sendo em torno dos 1mil.
Em meio a uma enxurrada de críticas e desconfiança, o presidente do clube, Sérgio Rassi, chegou até admitir em entrevista exclusiva à Rádio 730, ao repórter André Rodrigues, que poderia renunciar ao cargo em qualquer momento. Mas, agora, ele admite um certo alívio e confessa que estava abatido com tantas críticas que vinha recebendo:
“Essas coisas que aconteceram ultimamente me baquearam muito, não nego. Estava muito nervoso e chateado com tudo, estava sendo constantemente sendo xingado e desrespeitado pela torcida que eu amo. Isso dói muito, não sei se aprenderei a lidar com isso”.
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Mesmo assim, Rassi avalia que a situação do Goiás ainda não é das melhores: “Não serão duas rodadas que apagarão todas as nossas dificuldades, eu sei. O trabalho está em um bom caminho, mas precisa continuar nessa toada e ser revigorado com novos resultados bons. São muitas rodadas que ainda temos pela frente e não podemos nos iludir com duas vitórias. Entramos no trilho, mas precisamos nos manter nele”.
Dentro disso, ele diz que observa a conduta de Hailé Pinheiro, que conviveu e convive muito com essa crítica da torcida e sabe absorver essa questão, e exalta a presença dele como presidente do Conselho esmeraldino:
“Costume dizer que o seu Hailé é nosso Guardião. Ele tem 52 anos dedicados ao Goiás, até por isso é ele que orienta nossa conduta, nossos princípios, é o zelador máximo do clube. Às vezes é mal interpretado e pode até ser alvo de críticas, mas não apaga a importância que ele tem para o Goiás, é meu ídolo dentro do clube”.
Comissão técnica
Para o presidente, um ponto decisivo para esse início de reação estar acontecendo foi a manutenção do técnico Julinho Camargo, que chegou ao comando do time cercado de decepção e desconfia por parte dos torcedores e vinha sofrendo com duras críticas, principalmente porque só venceu no seu sétimo jogo. Antes disso haviam sido três derrotas e três empates.
“Graças à Deus o trabalho do Julinho vem colhendo frutos agora, precisávamos urgente disso. Porque mesmo sob tantas críticas eu assumi sua permanência, teria sido horrível perder essa continuidade e recomeçar um trabalho novamente do zero. Tenho certeza que o Julinho ainda tem muito a contribuir para nosso clube”, declara.
Além da fuga do rebaixamento no Brasileirão, o Goiás atua também em outra frente. O time iniciou na última semana a sua caminhada na Copa Sul-americana e estreou com um empate no Gama, contra o Brasília. Na terça (24), o time joga em Goiânia buscando avançar à próxima fase, o que garantirá, além da continuidade na competição, 150 mil dólares (532 mil reais).