Em evento realizado para confirmar Aparecida de Goiânia como uma das cidades brasileiras que vai receber a tocha olímpica em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o prefeito da cidade, Maguito Vilela-PMDB, revelou que acertou também a venda da área do Atlético para a CBF, onde será construído um centro olímpico. Foram negociados 30 mil m² do terreno de 60 mil m² do Dragão. O valor do negócio não foi revelado.

O presidente do Atlético, Maurício Sampaio confirma: “realmente fizemos um acordo, agora depende da aprovação do Conselho Deliberativo do clube. De toda forma, acho que isso não será um empecilho porque o Atlético sai ganhando e o uso da área nos agrada. Vai ajudar pessoas que gostam de esporte na cidade de Aparecida”, comenta.

Mais do Dragão:
“Derrota deve ser tratada como um erro de percurso”, afirma técnico
Sobre goleada, Márcio vê erro foi coletivo: “apontar o culpado não muda”

Maurício valoriza também o fato da área acabar se tornando um centro olímpico legado de Copa do Mundo. “Além disso, é muito importante ver no estado um centro olímpico construído pela CBF, é um legado direto da Copa do Mundo da FIFA. Não foi demérito nenhum para o Atlético ceder a área para isso”.

Por outro lado, o diretor das categorias de base do clube, professor Alcides, nome importante do Conselho Deliberativo, diz que ainda não houve um acordo: “Se o prefeito disse que está fechado, ele está faltando com a verdade. O Atlético não pode acordar nada sobre seu patrimônio sem a confirmação do Conselho. Isso não aconteceu. O prefeito perdeu na justiça sobre a área, que nunca deixou de ser do Atlético, e agora está nos procurando. Por enquanto não houve acerto nenhum”.

A ideia foi articulada pelo próprio presidente para resolver dois problemas. O Atlético tinha essa área mediante uma doação feita no passado, que previa a construção de um CT. Como nada havia sido levantado até agora, a prefeitura de Aparecida iria pedir a restituição da área na justiça. Com a negociação o Atlético poderá ficar, em parceria com a prefeitura de Aparecida, com 50% da área e usar o dinheiro conseguido na venda da outra metade para construir um Centro de Treinamento.

Caso o conselho aprove a venda, a próxima fase será planejar a construção do Centro Olímpico de acordo com a área adquirida pela CBF. Não há previsão de término ou entrega. O Dragão, por sua vez, já adiantou bastante as obras da “Caverninha do Dragão”, no Antônio Accioly, para abrigar e treinar os meninos dos time sub-20 e sub-17. O campo já está recuperado e o alojamento já finalizado. Resta ainda a restauração das arquibancadas.