O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, falou na manhã desta sexta-feira (25) com a Rádio 730 pelo programa Brasil em Pauta da TV NBR, sobre a mobilização nacional para incentivar pais e responsáveis a levarem suas filhas de 9 a 11 anos para tomar a segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV).

“Entre as meninas, é preciso tomar a segunda dose seis meses depois da primeira. A terceira dose só vai ser aplicada cinco anos depois”, reforça o secretário sobre o período correto de prevenção ao vírus.

A partir de setembro, as meninas de 9 a 11 anos que tomaram a primeira dose da vacina em maio devem retornar a um posto de vacinação para receber a segunda dose. A vacina protege contra quatro subtipos de HPV, sendo dois responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero e a terceira causa de morte de mulheres no Brasil. Para quem não tomou a primeira dose e pretende se vacinar, deve pagar uma taxa de R$ 370,00 na rede privada.

Nardi reforça também a necessidade de diálogo com a população masculina na adolescência, visto que é nessa fase que estão mais propensos a adquirir o vírus, além de outras complicações como o câncer de mama e o de próstata.

“Os homens têm preconceito ou acham que estão isentos de muitas coisas. É muito importante o debate com nossos jovens, adolescentes, que na flor da idade e na fase da efervescência dos hormônios, também acham que estão imunes, que não há necessidade de uso de camisinha, de tomar a vacina, e que não vão morrer. Eles vão sim morrer e é por isso que as escolas e pais devem esclarecer que o HPV e o câncer de mama também se desenvolve nos homens”, afirma.

Além destas doenças, Nardi falou ainda sobre as incidências de câncer de próstata. A doença ainda é responsável pela maioria das mortes entre homens no país. A principal causa seria o preconceito do público masculino em fazer o exame preventivo de toque retal. A recomendação é que o exame seja feito a partir dos 45 anos.

“Na idade mais adulta, deve procurar a unidade e fazer o seu toque retal e evitar o preconceito com este exame, pois o câncer de próstata ainda é o que mais mata entre os homens no país. É preciso convencer com propriedade a todos sobre os perigos das doenças”, conclui.