Neste ano de 2015, tenho observado muitas injustiças com alguns personagens do futebol goiano. Penso que o presidente Sergio Rassi, do Goiás, é um ganho para o futebol. Rassi teve peito o suficiente para assumir um clube com extrema dificuldade financeira, e só não estava falido pois o seu patrimônio ainda era maior que suas dívidas.
Sérgio Rassi assumiu o Goiás com um propósito: equacionar receita/despesa, reorganizando a gestão do Verdão que já vem capengando há muitos anos. O presidente Sérgio pegou o clube sem nenhum centavo em caixa, e ainda com receita minguada, pois seu antecessor fez todas as antecipações de receitas possíveis, junto a Rede Globo de Televisão, quando ainda era possível fazer isso. Consequentemente, ainda tinha que tocar o Goiás com todo peso de sua estrutura com curtos recursos.
Ao longo de sua trajetória a frente do Verde, Rassi promoveu algumas mudanças:
– Dispensou profissionais cujo os salários estavam acima da realidade do mercado e também aqueles que estavam apenas como cabide de emprego e apaniguados de outros. O custo do Goiás fora folha do futebol era acima de R$ 1 milhão por mês. Um absurdo!
– Renegociou as dividas fiscais.
– Conseguiu a “CND”.
– Pagou uma montanha de ações trabalhistas e tocou o time com pagamento da folha em dia, além de pagar os famosos “bichos”, é claro.
Agora, Rassi vai entregar o Goiás totalmente reorganizado financeiramente e pronto para investir no futebol em 2016, pois terá uma receita bruta da Globo de cerca de R$ 50 milhões. Isso indica que o Goiás terá um time melhor que os de 2014/15.
Harlei Menezes assumiu a direção de futebol com os mesmo problema que Sergio Rassi enfrentou: a falta de grana.
É difícil contratar sem dinheiro, pois hoje qualquer “cabeça de bagre” quer ganhar de R$ 100 mil pra cima. Harlei teve que fazer um malabarismo com o teto salarial estabelecido (R$ 50 mil). Teve contra si, além desse grande fator, a inexperiência na área de gestão de futebol, por ser uma atividade completamente nova para ele.
Acho que o trabalho de Harlei foi satisfatório e entendo que para o ano que vem, além de estar mais experiente, o diretor terá mais dinheiro para investir em jogadores de qualidade.
Onde está a injustiça com os dois?
Exatamente na impaciência da torcida esmeraldina, querendo jogadores caros. Em alguns setores da imprensa, jornalistas não veem que o que esta sendo feito no Goiás, em termos de gestão, serve de modelo para muitos clubes no Brasil, como Grêmio, São Paulo, Flamengo, dentre outros que estabeleceram tetos salariais para contratação de jogadores e citaram o Goiás como exemplo.
Como se pode cobrar experiência de Harlei, sendo que isso só se consegue com o tempo?
Vamos ter calma! Vamos apoiá-los!
Temos que dar o tempo necessário para podermos cobrar com mais senso de justiça. Críticas ferrenhas por agora só apenas um proposito: destruir.
