O inspetor da Delegacia de Investigação Criminal (DEIC) Galeano Nicodemos, não chegou por acaso ao alto de seus 101 anos de idade. Destes, 78 são dedicados à carreira na polícia, desde que entrou para a corporação em 1937. Em entrevista ao repórter Jerônimo Junio, para o programa a A Cidade Fala da Rádio 730, ele conta fez para alcançar a longevidade.
“Passei a vida trabalhando, não tem regime, não tem segredo, nada disso. Gosto demais, acho bonita a carreira. Pra quem trabalha honestamente, a polícia é uma coisa muito importante”, ressalta o inspetor.
Centenário, sr. Galeano será homenageado nesta sexta-feira, dia 13 de outubro, pelo seu 101º aniversário. Ele relembra do tempo em que atuava como policial, e que gostava de trabalhar fora da delegacia.
“No meu tempo era muito diferente de hoje. No meu tempo, o policial não respondia expediente dentro da delegacia. Se apresentava, batia o ponto e saía, não ficava na delegacia. Nossa batida era noite e dia, às vezes terminava meia-noite”, recorda.
De acordo com os colegas, sr. Galeano vai para o trabalho e volta para casa de ônibus todos os dias, e não aceita nenhum tipo de carona. Além disso, para ele, a leitura é um hábito que dispensa o uso dos óculos. “Venho de ônibus e volto de ônibus. Tenho óculos, fiz exames de vista, mas não uso, não. Dá pra ler sem os óculos”, exclama.
Apesar da força e espírito de jovialidade para a profissão, o já aposentado mas atuante inspetor afirma com bom humor que acredita ser suficiente o tempo que viveu, e que acima disso já é demais. “Vou trabalhar até morrer, e minha hora está chegando. O básico de viver é isso mesmo, acima disso é exagero”, conclui.