Uma medida provisória sancionada pela presidente Dilma Rousseff proíbe que times que estejam em débito com o governo federal participe de competições oficiais, podendo até perder pontos ou ser rebaixados de divisão caso atrasem salários ou não contenham a certidão negativa. Com isso, os times correm para se organizar e no Atlético Goianiense a solução ainda não foi encontrada.

O vice-presidente do conselho deliberativo do clube, dr. Marcos Egídio, explica os problemas da proposta:

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“O Profut veio como salvação para os clubes em termos de parcelamento, porque a maioria dos clubes do futebol brasileiro precisava disso para tirar a certidão. Só que agora tem muita exigência e acabou travando diversas situações, porque os clubes não têm receita para manter as parcelas e os demais pagamentos em dia. Ele vai causar bastante problema”.

E ele detalha isso, trazendo à tona um número até certo pronto surpreendente. A parcela do Profut atingirá 50% da folha salarial completa do clube:

“A parcela consumiria mensalmente metade da nossa folha salarial, ou seja, teremos que reduzir a folha dos jogadores pela metade e comprometer a montagem do elenco. Mas é uma realidade de todos os clubes do futebol brasileiro, é uma nova realidade. Os super-salários vão acabar para todo mundo”.

Ele não esconde o pessimismo quanto à vida imediata do Atlético:

“Prevejo um futuro negro, sim. É um grande passo para trás. Estamos esperando uma medida provisória que adie por mais um ano essas exigências, porque nos deram um período de cinco meses pra solucionar problemas de dezenas de anos. De qualquer maneira, esperamos nos adequar o mais rápido possível para entrar na normalidade”, finaliza.