O presidente do Vila Nova, Guto Veronez, concedeu entrevista exclusiva ao repórter Vinícius Tondolo, da Rádio 730, após a vitória do colorado no jogo-treino contra o Santa Maria que precedeu a coletiva surpreendente do técnico Márcio Fernandes.

Ao contrário das declarações do treinador, que demonstrou estar incomodado com algumas cobranças internas no clube, Guto amenizou e disse que o clima no colorado é de calmaria, mas acrescentou que não existe zona de conforto.

“Mas o clube está tão calmo (risos). O clube nunca esteve tão calmo como não esteve nos últimos anos. Tudo tranquilo, uma semana normal. Aqui a gente não vai ter essa situação de descabelar e nunca vai ter zona de conforto. A gente sempre espera o melhor e nunca vai estar satisfeito. Se tivesse ganhado hoje de 10 a 0 eu não iria estar satisfeito, eu falo por mim. E sempre foi assim na minha vida, então pra mim, tranquilo”, pondera.

Ao sair da sala de entrevistas, Márcio Fernandes se reuniu com o presidente e demais dirigentes do clube para falar da vitória sobre o Santa Maria-DF. Guto afirmou que essas reuniões p´pos-jogo são normais, mas destacou que a cobrança existe, independente do resultado.

“A gente sempre faz essa mesa redonda depois dos jogos, independente do resultado, a gente sempre conversa. Obviamente que, no ano passado, a gente teve algumas derrotas, aí demora mais um pouquinho, porque derrota é chato para todo mundo. Mas a gente sempre dialoga. O comando sempre vai ser do Márcio, treinamento, escalação, tudo é sempre dele. Só que a gente tem que cobrar”, reitera o presidente.

A respeito da estreia do próximo dia 31 de janeiro, diante do Goiás, Guto deverá se reunir nesta semana com os responsáveis pela segurança do estádio Serra Dourada para definir como será a divisão das torcidas, se será igualmente entre mandante e visitante, ou se a torcida esmeraldina será reduzida, já que o mando de campo é do colorado. O presidente disse que só poderá definir o formato depois que tiver o posicionamento da Polícia Militar (PM).

“Não tem favorito. Vai se vencer nos detalhes, o que falhar menos eu acho que vai sair vitorioso. Sobre o jogo, o Vila vai aguardar o posicionamento da Polícia Militar. Nós não podemos tomar nenhuma decisão se não tivermos a garantia da PM. Se ela nos garantir que, se o jogo foi meio a meio, vai ter segurança tanto dentro mas principalmente fora, vamos fazer. Se ela achar que é mais prudente fazer 10%, nós vamos atuar da mesma forma”, ressalta.

Sobre o que disse no início da semana após reunião na sede da Federação Goiana de Futebol (FGF), Guto foi mais político, mas sem deixar de destacar a posição de mandante no jogo. “Não é questão de pitaco. É claro que nós vamos ouvir, sem dúvida nenhuma, mas o mando é do Vila Nova”, finalizou.