Eleito para um mandato-tampão de oito meses, o novo governador do Distrito Federal (DF), Rogério Rosso (PMDB), (foto) tomou posse nesta segunda-feira (19), assumindo o compromisso de evitar a intervenção federal, pedido que está em análise no Supremo Tribunal Federal.
“O DF espera de todos nós um resgate da normalidade. Não é hora de apostar no fracasso, mas sim na legitimidade do governo local”, disse Rosso no discurso de posse. Segundo ele, o maior desafio agora é combater a corrupção. “Nosso maior obstáculo é a desconfiança”, comentou.

Rosso é o quarto governador a comandar o Distrito Federal desde o início da crise, em novembro do ano passado. Ele vai ocupar o lugar deixado por José Roberto Arruda (sem partido), cassado por infidelidade partidária e preso, sob  a acusação de tentativa de suborno de uma testemunha de um suposto esquema de corrução no governo local. Rosso foi eleito de forma indireta e recebeu votos, inclusive, dos deputados acusados de participação no esquema.

O novo governador prometeu um governo de coalizão e de transparência nos gastos. Como primeira medida, garantiu a divulgação de balanços quinzenais das contas do governo e a redução da máquina administrativa. Prometeu ainda identificar falhas no ordenamento territorial do DF.

Na cerimônia de posse, Rosso se emocionou quando suas três filhas subiram à tribuna do plenário para ler um discurso feito por elas. “Queremos mais transporte, mais emprego e mais segurança”, disse Roberta, de oito anos.

Depois da posse, foi lida uma carta em que o então governador em exercício, Wilson Lima (PR), anunciou seu retorno à Câmara Legislativa, onde ocupa a Presidência. Lima assumiu o comando do Distrito Federal depois da cassação de José Roberto Arruda e da renúncia ao mandato do vice-governador, Paulo Octávio. Wilson Lima foi candidato à eleição indireta que elegeu Rosso, mas teve apenas quatro dos 23 votos possíveis.