Três dias depois de sair desfiliou do PSDB, o deputado federal Waldir Soares, o Delegado Waldir, se filiou ao Partido da República (PR), nesta sexta-feira (4), durante encontro regional de filiação de novos membros realizada na Assembleia Legislativa (Alego), em Goiânia.

O delegado aproveitou a janela partidária, que se fecha no próximo dia 18 de março. Durante a sessão, Soares agradeceu a receptividade que teve no partido e confirmou a pré-candidatura a prefeitura da capital. Ele frisou a postura de oposição ao atual prefeito Paulo Garcia (PT) e destacou a preocupação com a segurança na cidade.

“Nunca fui tratado com tamanha magnitude. Nós queremos transformar a nossa cidade. Não podemos continuar sendo a 29ª cidade mais violenta do país, não podemos continuar com uma cidade suja, onde os goianiense não têm esperança. Vamos devolver a esperança e a coragem ao cidadão”, ressalta.

A solenidade contou com a presença da também deputada federal Magda Mofatto, do deputado estadual Álvaro Guimarães, além do presidente Metropolitano, Felisberto Tavares e do nacional, deputado Alfredo Nascimento.

O presidente regional, Flávio Canedo, avalia o crescimento da sigla no estado. Em entrevista ao repórter Rubens Salomão, da 730, ele garante que o pré-candidato terá total liberdade durante a campanha, ainda que o PR seja da base do governo Marconi Perillo.

“Esse encontro nosso aqui em Goiânia é um marco, um divisor de águas, não apenas na política da capital, mas do estado. O Delegado Waldir é nosso pré-candidato aqui em Goiânia, esse é um fato irreversível. Ele tem total liberdade em Goiânia e no estado, todas as convicções dele vão ser respeitadas”, afirma Canedo.

Ao contrário do sistema de prévias adotado pelo ex-partido para a escolha do nome que será lançado às eleições municipais na capital, o deputado federal Waldir é o único representante do PR à pré-candidatura para a capital.

del waldir assessoria

Operação Lava Jato

O presidente nacional do PR, Alfredo Nascimento, comentou o posicionamento do PR, que é da base do governo de Dilma Rousseff (PT), em relação à 24ª fase da Operação Lava Jato, que teve como alvo o possível envolvimento do ex-presidente Lula em suposto esquema de pagamento de propina por empreiteiras.

“É um momento de muita dificuldade para o país, especialmente porque hoje a ação exercida no país pelos procuradores, pelos delegados, pela Justiça, tem mostrado à população o envolvimento de muitos políticos de forma errada nestes escândalos. Temos que ter paciência, não podemos ser açodados”, ponderou.