O Prefeito Paulo Garcia (PT) apresentou na manhã desta sexta-feira (18) na Câmara Municipal de Goiânia as contas dos últimos quatro meses do ano passado. De acordo com o levantamento, a receita registrou queda de 1,79% no período, o que representa um total de R$ 3,9 bilhões.

Já o total das despesas girou neste mesmo montante, e teve queda de 0,87%. A arrecadação tributária teve crescimento de pouco mais de 1%, o que totaliza R$ 1,2 milhões. Durante a prestação de contas, enquanto respondia questionamentos de vereadores, Paulo Garcia revelou que recebeu de Pedro Wilson e Iris Rezende a prefeitura “com data de validade vencida”, e frisou uma dívida de R$ 200 milhões resultante das duas gestões.

“Eu recebi a prefeitura de Goiânia com R$ 200 milhões liquidados e nenhum centavo em caixa na saúde. Eu nunca falei isso para ninguém. O que se preconiza por aí é que eu recebi a prefeitura com R$ 180 milhões em caixa. Pode ser verdade, mas só na saúde, sem contar os reflexos do plano de cargos e salários, que os senhores (vereadores) aprovaram, e eu paguei essa dívida, sem falar para ninguém”, afirmou o prefeito.

Paulo Garcia também falou sobre o instituto municipal de assistência aos servidores, e novamente frisou as dívidas herdadas em gestões anteriores. Desta vez, destacou o período de 2002 a 2004, durante gestão de Pedro Wilson (PT).

“Existe uma dívida aproximada de R$ 115 milhões dos repasses de contribuição patronal, que não são do meu governo, isso é outra coisa que todo mundo precisa saber. Não fui eu que criei essa dívida. Essa dívida existe de um período compreendido entre julho de 2002 a dezembro de 2004”, ressaltou.

Durante entrevista coletiva, ao ser questionado sobre a quantidade de dívidas que teria recebido após a gestão de Íris Rezende (PMDB), na gestão entre janeiro de 2005 e abril de 2010, Paulo Garcia preferiu não citar o nome do antecessor, mas revelou indícios de suas motivações.

“Eu não faço críticas a ninguém. Eu sei das dificuldades que é ser gestor. Eu só não posso é admitir alguém se apresentar como gestor único, conhecedor de tudo e de todas as soluções, não é assim. Todos nós temos experiência e seriedade. Não venham tentar me impingir uma figura com objetivos eleitorais porque eu não vou admitir. Eu não minto, eu só falo a verdade”, pontuou o prefeito.

Paulo Garcia explicou ainda porque afirmou durante a prestação de contas que se sentiu traído, e novamente, evitou citar nomes. “Traído por todos aqueles que romperam compromissos em defesa de ideais que nós sempre defendemos. Se ele (Iris) rompeu, vocês têm que perguntar a ele. Eu ouvi ele dizendo esses dias em uma rádio que muito provavelmente não estaria com nosso partido”, ascrecentou.

Com informações da repórter Mirelle Irene.