O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira (19) a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Mendes já tinha demonstrado nesta semana que não era a favor da nomeação do petista.

Mendes atendeu a um pedido liminar dos partidos PPS e PSDB, e entende que o caso deve permanecer sendo investigado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Só na última quinta-feira (17), 13 ações chegaram ao Supremo questionando a posse de Lula.

O ex-presidente é investigado na Operação Lava Jato por suposto favorecimento da empreiteira OAS na compra de uma cota de um apartamento triplex localizado no Guarujá, além de benfeitorias em um sítio frequentado pelo petista em Atibaia, no interior paulista.

A posse de Lula à frente da Casa Civil já havia sido barrada outras duas vezes. A primeira foi logo depois de sua nomeação, oficializada pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em Brasília, há dois dias. Após a cerimônia, o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu a admissão do petista em caráter temporário.

Após a decisão, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que reverteu a decisão proferida pelo juiz Catta Preta.

Na tarde desta sexta-feira (18), antes mesmo da decisão do STF, outro juiz, Luciano Tertuliano da Silva, da 1ª Vara Federal de Assis, em São Paulo, já havia determinado novamente a suspensão da posse do ex-presidente.