Em reunião na sede do diretório nesta segunda-feira (21), a executiva do PMDB estadual decidiu apoiar o rompimento com o governo de Dilma Rousseff (PT). Em entrevista à repórter Mirelle Irene, da Rádio 730, o presidente do partido em Goiás, deputado federal Daniel Vilela, afirma que a ruptura entre os dois partidos acontece apenas em nível nacional.
“Assim colocamos em deliberação onde foi manifestado por uma maioria da executiva do diretório estadual de Goiás se manifestou pelo rompimento da aliança entre PMDB e PT em nível nacional”, explica.
A respeito das coligações dos municípios goianos, Vilela afirma que é preciso respeitar as particularidades de cada região, e que os diretórios municipais possuem autonomia para decidir se permanece ou não coligado com os petistas. Referente a Goiânia, cuja gestão é a do petista Paulo Garcia, Vilela acredita ser a situação mais crítica na relação dos dois partidos.
“Eu vejo municípios em Goiás aonde o PMDB vai caminhar sem nenhuma dificuldade com o PT, e o PT igualmente, e vejo municípios também que é inviável, hoje, a aliança. A capital talvez seja a situação mais emblemática, onde o PMDB já tomou uma decisão de não caminhar, de se desfazer a aliança aqui em Goiânia”, pondera.
Sobre o processo de impeachment da presidente da república, que está sendo votado em Brasília, Daniel Vilela diz que prefere se manifestar apenas em um momento oportuno, mas revela que não acredita que o governo consiga reverter a situação de desaprovação em que a política se encontra atualmente.
“Acredito que o Brasil passa por um momento de muita dificuldade aonde não consigo enxergar mais capacidade de reação do governo frente às decisões que são necessárias para o país reagir à crise econômica e social que vive”, pontua.
A decisão de não permanecer com o apoio ao governo federal deverá ser referendada juntamente com decisões de outros estados na convenção nacional do partido que será realizada na próxima terça-feira (29).
Confirmada ruptura do PMDB com prefeito de Goiânia
O deputado estadual Bruno Peixoto confirmou à repórter Mirelle Irene, da 730, que não há mais coligação entre PMDB e PT na capital, e destacou que a sigla possui candidatura própria e que já se configura como oposição ao Partido dos Trabalhadores, pelo menos no primeiro turno.
“A nossa aliança com o PT está descartada, zero! O modelo de gestão que o PMDB vai apresentar à cidade é bem diferente da atual. Na próxima semana o PMDB vai se reunir com o vereadores do nosso partido e vamos deliberar, exigir, dos nossos vereadores que enquadrem a oposição ao atual prefeito”, ressaltou.