Com informações da repórter Mirelle Irene
O governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (15) o investimento de R$ 34,5 milhões para recuperação e melhoria de mais de mil quilômetros de rodovias em Goiás. O anúncio foi realizado durante encontro com diretores para disutir projetos do governo, na sede da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).
O presidente da Agetop, Jayme Rincón, falou sobre a ação em caráter emergencial que o órgão vai realizar em rodovias danificadas em diversas regiões do estado. As primeiras obras serão realizadas nos trechos em que as avarias nas estradas são mais sérios, e devem ser concluídas em, no máximo, 60 dias, e deu exemplos dos trechos que requerem maior urgência.
“Ipameri-Caldas Novas, Britânia-Santa Fé, Rio Verde-Montividiu, são rodovias que têm um tráfego intenso e que hoje estão com problema, e nós não temos condições mínimas de trafegabilidade, nesses mil quilômetros. Com essa melhoria funcional, nós teremos condições de passar o resto desse ano e, provavelmente, o período chuvoso com as rodovias em boas condições de tráfego. Não é a solução ideal, essas rodovias precisam ser reconstruídas”, afirma.
Rincón acrescentou ainda que, paralelamente às obras de restauração, o programa estadual de manutenção de rodovias já está sendo realizado dentro de uma nova abordagem, e afirma que vai abolir as chamadas “operações tapa-buracos”, que classificou como desperdício de dinheiro público, e elogiou as obras realizadas no trecho privatizado da BR-153.
“Nós eliminamos de forma definitiva aqui na Agetop as famigeradas operações tapa-buraco. Aquilo era, literalmente, jogar dinheiro fora. Estamos fazendo agora um tipo de intervenção diferente, e é bom a gente ressaltar porque hoje nós temos rodovias privatizadas em Goiás. E se nós formos ver o que a concessionária responsável pela BR-153, o tipo de intervenção que eles fazem, vamos ver que é exatamente o que estamos fazendo”, ressalta.
Sobre o Estádio Olímpico da capital, Rincón disse que as obras estão em fase final, e que o local pode até receber um jogo da Seleção Brasileira no início do mês de julho, o último antes da estreia da equipe na competição. “Estamos com praticamente 98% da obra concluída. Existe a perspectiva concreta de nós termos um jogo da Seleção Brasileira que vai disputar as Olimpíadas, e estamos trabalhando para que esse jogo seja realizado no Estádio Olímpico”, enfatiza.
O presidente explicou também como a agência tem lidado com as dívidas feitas com empresas prestadoras de serviço, e diz que os financiamentos só não foram aprovados por conta de problemas com bancos internacionais pela crise econômica.
“Nós temos um estoque de dívidas em torno de R$ 260 milhões, isso foi em função de que nós tínhamos um financiamento garantido e que não foi cumprido por duas vezes, uma com um banco japonês e outra com um banco suíço. O recurso já estava aprovado pelo tesouro nacional, o Estado tinha capacidade de tomar esses financiamentos, mas infelizmente por culpa dos bancos e da crise que o Brasil vive hoje, esses financiamentos não foram concluídos”, conclui.
