O Partido Democrático Trabalhista (PDT) abrirá nesta segunda-feira (18) processo de expulsão contra deputados da sigla que votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal.

A orientação do partido era de que todos os 19 representantes votassem contra o impedimento da petista neste domingo (17), mas um se absteve e outros seis se posicionaram a favor da deposição de Dilma, entre eles, a mineira Flávia Morais, que é filiada ao PDT de Goiás. O voto da deputada atualizou o placar em 110 a 28 para “Sim”.

Flávia, que é pré-candidata à prefeitura de Trindade, região metropolitana de Goiânia, ainda não havia se posicionado sobre o impeachment, se votaria contra ou a favor, e quebrou o silêncio somente na hora da votação. Caso seja expulsa da legenda, corre o risco de não disputar as eleições municipais deste ano.

Além da deputada, outros cinco parlamentares votaram pela saída da presidente da República. São eles: Subtenente Gonzaga (MG), Mário Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Hissa Abrahão (AM) e Giovani Cherini (RS).

Dias antes da votação, a presidência do PDT, que fechou questão a favor do governo, já havia alertado seus parlamentares sobre punições caso manifestassem voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Além da expulsão, abrirá processo de intervenção nos diretórios estaduais e municiáis e exigirá a devolução dos mandatos por infidelidade partidária.