O Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa) aderiu à campanha mundial de mobilização para a conscientização de acidentes de trânsito, o Maio Amarelo.

Desde o início deste mês, diversas ações têm sido realizadas para sensibilizar pacientes, acompanhantes e colaboradores sobre a importância da ação. Além da fachada com iluminação em amarelo, no Huapa são ministradas palestras e distribuídos panfletos.

Isso porque de acordo com a coordenação do Pronto Atendimento (PA) do hospital, 70% dos 54.291 mil atendimentos realizados em 2015, 70% foram em decorrência de acidentes de trânsito, o que representa altos custos para o Estado.

O valor diário gasto para manter cada paciente na Emergência do Huapa custa aos cofres públicos, em média, R$ 1,4 mil. Se o acidente for grave e houver a necessidade de encaminhar a vítima para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o custo é ainda maior, R$ 2.766,69 por dia.

De acordo com a coordenadora do Centro Cirúrgico do Huapa, enfermeira Aline Almeida, um terço das cirurgias realizadas na unidade são motivadas por acidentes de trânsito. Só no primeiro semestre, o gasto superaram R$ 1,5 milhão com pacientes acidentados.

Acidentes

Em Goiás, os acidentes de trânsito registram um índice de mortalidade de 32,67 para cada 100 mil habitantes, número superior ao considerado tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 11,1 para cada 100 mil habitantes.

Em 2015, foram registrados 5.800 acidentes no Estado, sendo que a maior parte das ocorrências envolvem motociclistas, 4.053; seguido por 821 acidentes com pedestres, 486 com motoristas de carro, 222 ciclistas e os demais com outros tipos de veículos.

O movimento Maio Amarelo – Atenção pela vida, apoiado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e Departamento de Trânsito (Detran), tem como objetivo chamar a atenção das pessoas para a importância do respeito às leis de trânsito visando à diminuição de acidentes.

No Brasil, 43 mil pessoas morrem por ano vítimas de acidentes de trânsito, em média. Em Goiás, mais de 2 mil mortes são registradas anualmente. Os feridos e sequelados são atendidos nas unidades de saúde ao custo de aproximadamente R$ 9 milhões por ano.