O atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio de Paiva, declarou nesta quinta-feira (18) que assumiu a OAB-GO com dívidas oriundas da gestão anterior. A afirmação foi prontamente rebatida pelo ex-presidente da entidade, Enil Henrique de Souza, causando uma polêmica em torno das contas da Ordem.
Uma auditoria realizada pela empresa Marol, constatou que há um superávit de R$ 5 milhões nas contas da OAB-GO, na gestão de 2015, presidida por Enil Henrique de Souza. Pautado pelo resultado, o ex-presidente da Ordem desmentiu as dívidas citadas por Lúcio Flávio. “Essa avaliação é baseada pelos balancetes e documentos fornecidos pela contabilidade da Ordem. De posse dessa documentação, a Marol realizou a auditoria. A atual gestão, de forma irresponsável e mentirosa colocou para a imprensa e para a sociedade goiana, que havia um rombo na Ordem.”
Entretanto, Lúcio Flávio de Paiva, alega que as manifestações do ex-presidente distorcem o conceito de superávit. “Qualquer um de nós que ouça a palavra superávit, vai achar que existe dinheiro na conta. O relatório da Marol utliza o conceito de superávit estritamente contábil, quase que fictício ou abstrato, em cima de uma peça orçamentária que se constrói esse conceito, diretamente falando não em cima da realidade.”
O conselho federal, a pedido do atual presidente, enviou dois conselheiros a Goiânia para avaliar as contas da seção Goiás, o qual chegaram a conclusão que a dívida do órgão é de R$ 23 milhões.
Em nota, a empresa Marol informou que o resultado da auditoria independente não contempla a afirmação da qualidade da situação financeira ou patrimonial da OAB-GO, devido a análise parcial dos documentos, e portanto refuta eventuais interpretações equivocadas.
*Com informações da repórter Giuliane Alves