O Vila Nova vive momentos de incerteza. Apesar de estar tranquilo com a permanência garantida na Série B, o Tigrão vive momentos turbulentos fora dos campos. Com a indefinição política no clube, o planejamento para 2017 sequer começou.

Além dos torcedores, atletas e comissão técnica são as principais vítimas do limbo na direção colorada. Sem um presidente efetivo, o Vila ainda não definiu seu técnico e, tampouco, procurou jogadores para renovar. Com a próxima temporada batendo as portas, Marcelo Cordeiro teme pelo futuro colorado.

“Esse já deveria ser o momento de se tratar essa questão de renovação de contrato. Muitos clubes começam a se mexer, já saem na frente. Muitos jogadores aqui tiveram um ano muito positivo e vão ter o interesse de outras equipes. Até a própria questão do Guilherme, não sabe se vai ou se fica. Tem essa indefinição. Vai se refletir no próximo ano. De repente, um ou outro jogador que receba uma proposta nesse momento, mesmo com o interesse de permanecer, acaba aceitando por essa indefinição”, afirma.

Avaliação

Apesar de todos os problemas, o Tigre fez uma campanha segura na Série B. Sem sustos, a equipe colorada garantiu sua permanência na segunda divisão nacional com sete rodadas de antecedência e chegou até a sonhar com o G-4. Porém, a derrota para o Tupi deu fim à esperança. Marcelo Cordeiro cita os obstáculos enfrentados nesta temporada e faz um balanço positivo de 2016.

“Foi um ano difícil, de muitos problemas extracampo, houve muita turbulência. Felizmente não afetou tanto o rendimento em campo. Mas aí entra questão de salários atrasados, e a gente sabe que no futebol nem todos os jogadores conseguem ficar um, dois meses sem receber o seu salário. O saldo é positivo e torço para que, depois das eleições, o Vila possa projetar o ano de 2017. Com essa estrutura que o Vila tem, poderia e deveria estar num estágio mais avançado. Isso requer tempo, precisa se profissionalizar em todas as áreas. Tem que começar de cima, com a diretoria dando mais tranquilidade. É o que desejo para o Vila no próximo ano”, pondera.