O Vila Nova teve uma ausência importante na área técnica na partida contra o Bahia. Guilherme Alves, que havia sido expulso diante do Tupi, cumpriu suspensão e teve de assistir ao jogo da tribuna.

Braço direito de Alves, o auxiliar Jorge Rauli comandou o time em campo e lamentou a derrota. Para ele, a arbitragem atrapalhou, mas o que ocasionou o revés foram os gols perdidos.

“É a maneira de arbitrar, aí ele começa a minar. Isso não tira o ponto fundamental de não termos vencido, que foram as chances claras. O mais importante nesse time do Vila é esse comportamento de não se entregar o tempo todo. A gente tem que cumprir esses últimos quatro jogos da mesma maneira que está fazendo”, afirma.

Apesar da tristeza pela derrota, o tom da coletiva de Jorge Rauli foi outro. Às vésperas de uma eleição para o executivo, o Vila Nova vive momentos de muita expectativa pelo futuro. Futuro esse que pode ou não ter Rauli e Guilherme Alves incluídos.

Durante a entrevista, o auxiliar técnico expressou várias vezes o desejo de ver o Tigre alçar voos altos no futebol brasileiro e alertou que, para isso, o clube precisa se profissionalizar imediatamente.

“Independente do futuro, queria ver demais o Vila se profissionalizar. Eu enxergo em algumas pessoas uma ideia boa para mudar. É o caso do Felipe (Albuquerque), que tem toda a capacidade de poder profissionalizar. Ele tem umas ideias muito boas. Eu torço demais para o Vila se profissionalizar. Tenho falado que o OBA não pode ser aberto do jeito que é. Tem que se fazer do departamento profissional uma coisa mais restrita. O Vila não pode permanecer mais um ano na Série B, tem que buscar um algo a mais. Mas só vai buscar profissionalizando, dessa forma fica difícil”, opina.

Renovação

O tema mais frequente no Vila é a situação de Guilherme Alves. Por conta da indefinição política, ainda não há um acerto para a comissão técnica permanecer ou deixar o clube ao fim da atual temporada. Um dos homens de confiança do treinador colorado, Rauli se esquiva quando questionado sobre renovação, mas garante que os diálogos sempre estiveram abertos.

“Nós temos conversado, nunca deixamos de conversar com o Felipe. Mas chegou um determinado momento, que eu pedi para ele parar de falar, porque você desfoca um pouco. Começa a pegar outro rumo. Você usa uma frase errada e aquilo te complica. A gente tem um carinho especial”, conclui.