No último artigo publicado por mim, pedi a renúncia do Presidente do Goiás, Sergio Rassi. Ele, por meio de sua assessora Monara Marques, me solicitou o Direito de Resposta, embora no artigo eu não tenha usado nenhum adjetivo que denegrisse sua imagem como cidadão. Foi feito apenas uma crítica ao dirigente Rassi, compartilhada com pensamento de diversos profissionais da crônica esportiva do estado e com grande parte da torcida do Goiás.
Demorei apenas dois minutos para retornar o e-mail confirmando que ele – Rassi – poderia redigir sua resposta e que o mesmo seria publicado a partir do último dia 10, sendo exposto no Blog pela duração de três dias – tempo igual ao artigo inicial. Assim foi feito, mas me vejo no direito de tecer alguns comentários a respeito de suas alegações.
1- Rassi disse em entrevista após a queda do Goiás à Série B, em 2015, que uma das razões para o descenso do time foi a “imaturidade” do seu diretor de futebol, destacando dificuldade na gestão do futebol.
Se ele, como presidente, concede uma entrevista dessa natureza inserindo seu diretor no contexto e não assume a própria responsabilidade, é um indicativo claro de que não assumiu a sua parcela de culpa. No entanto, Rassi poderia muito bem ter dito que quem contratou o Artur Neto foi ou não o Hailê Pinheiro. Destacando que o treinador chegou ao Alviverde com um índice de rejeição beirando os 100% e perdeu os quatro jogos sob seu comando. Mantenho o que foi afirmado: colocou na conta do Harlei Menezes a responsabilidade pela queda do Goiás.
2- Festa de aniversário? “Happy Hour”? Não quero acreditar que um homem inteligente como é Sergio Rassi tenha dado aquele tipo de resposta. Beira, me desculpe a expressão, o ridículo. O próprio clube tem por hábito celebrar, de alguma forma, os aniversariantes do mês. Não necessariamente na data do aniversário.
3- Sobre ter apoio dos torcedores, o senhor disse sim que possui a torcida do seu lado. Não uma, mas quatro pessoas me confirmaram esta afirmação. E nesse caso, fico com os relatos destas fontes sobre suas expressões na “festa”. Você disse também que sabe qual é a opinião do Hailé Pinheiro e que tem o apoio do Venerável. Rassi, você pensa que todos os problemas do Goiás são causados pela imprensa. E você afirmou isso, mais uma vez fugindo de sua responsabilidade.
4- Eu nunca disse que o senhor paga “bicho” de oito mil por vitória. Disse o seguinte e repito: foi oferecida uma premiação para os jogadores, em casa de acessso, de R$ 230 mil – sendo 100 mil pagos após os jogos e R$ 130 mil acumulados, em caso de sucesso na busca do objetivo.
5- Na questão que envolve o boicote a imprensa: o senhor foi omisso ao permitir que apenas dois atletas tomassem tal decisão. Nesse ponto, tenho a convicção de que a ideia estapafúrdia de editar, de forma abaixo do amadorismo, uma gravação com as vozes de comentaristas não partiu de sua pessoa, mas de imbecís que tomam esse tipo de atitude para lhe bajular. O senhor foi conivente neste sentido, pois o presidente do Goiás se chama Sérgio Gabriel Rassi.
6- Se você diz que não é médico do Hailê, contradiz a própria fala do “paciente”, já que o mesmo alardeia a informação de que é grato a você por ter “salvo” sua vida. Talvez ele se refira ao fato do senhor ter sido apenas o “intermediário” ao encaminhá-lo para São Paulo.
7- Para finalizar, a questão financera. Talvez o senhor não tenha lido, mas exaltei e continuarei fazendo: é sua responsabilidade em sanear o clube, embora na atual temporada tenha gastado muito dinheiro erradamente, isso não invalida o que foi realizado nos dois últimos anos.
Para deixar claro, Sérgio Rassi. Não sou homem de faltar com a verdade e espero que o senhor também não falte. Principalmente com aqueles que tem o Goiás como algo mais sagrado, os seus torcedores. A maior torcida do Centro-Oeste merece ser representada com dignidade em campo e isso é, também, responsabilidade do presidente.