O diretor jurídico da União dos Militares de Goiás (Unimil-GO) e vereador por Goiânia, Cabo Senna (PRP), concedeu nesta quinta-feira (13) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Em pauta, o cenário político de Goiânia.

A Câmara Municipal conta atualmente com quatro blocos parlamentares.  Cabo Senna  integra o bloco Frente Parlamentar independente, junto com Anselmo Pereira (PSDB), Paulo Magalhães, PSD, Jorge Kajuru, PRP, Milton Mercêz, PRP, Priscilla Tejota, PSD, Sargento Novandir, PTN, e Elias Vaz, PSB.

Ao ser questionado pelo jornalista Cléber Ferreira, o vereador garantiu que não aceitaria ser líder do prefeito Iris Rezende (PMDB) na Casa. “Se ele me convidar para ser líder eu não topo. Não topo por muitos motivos. Ele disse que não conhece os parlamentares, sendo que tem pelo menos 13 vereadores que ele conhece. Se ele está com medo dos outros 22 eu não sei”, ressalta Senna.

PEC dos gastos

Os militares se posicionaram contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 3548/16, que está em tramitação na Assembleia Legislativa e limita os gastos correntes dos Poderes do Estado e dos órgãos governamentais autônomos. A medida prevê redução de 20% dos funcionários comissionados, além do corte de benefícios e aumento previdenciário para os servidores concursados, entre outros pontos.

Os limites que constam no chamado Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás foram definidos pelo governador Marconi Perillo (PSDB) após uma reunião com o presidente República, Michel Temer (PMDB). Segundo o vereador, a justificativa apresentada pelo governo – que defende a aprovação da PEC com base na necessidade de corte de gastos – não tem comprovação legal. “O Estado não está quebrado. Tecnicamente não precisamos da PEC. Isso é uma estratégia que está ferindo os direitos dos funcionários públicos. Os militares só estão perdendo direitos”.

Ainda de acordo com o vereador, o governo apesar de ter se comprometido a não incluir os militares na PEC, tem pressionado os parlamentares para aprovar a proposta. “O governador disse que se a proposta não fosse aprovada pelos deputados, não pagaria os funcionários e colocaria a culpa nos parlamentares. Isso é ameaça”, pontua.

Confira a entrevista na íntegra:

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