O prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PTB) concedeu, nesta terça-feira (25), uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Em pauta, as articulações da base governista para as eleições de 2018.
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Ao ser questionado sobre os futuros interesses políticos do partido – enquanto membro da base aliada ao governador Marconi Perillo – Roberto Naves disse que o PTB quer ser reconhecido. “O PTB quer que se leve em consideração tudo o que o grupo do deputado federal Jovair Arantes (PTB) representa. Por que às vezes pessoas menos habilidosas compõem a chapa majoritária e o grupo do deputado Jovair Arantes não? Então chegou a hora da gente cobrar essa valorização”, afirma o prefeito de Anápolis.
Durante um evento partidário, o governador Marconi Perillo (PSDB) – que pretende lançar-se candidato ao senado – declarou publicamente seu apoio à pré-candidatura de seu vice, José Eliton (PSDB) ao governo estadual. No mesmo evento, Perillo declarou que votará no senador Wilder Morais (PP) como candidato a senador na segunda vaga.
Entretanto, tanto José Eliton quanto Wilder Morais não são unanimidade na base. Nomes como o da senadora Lúcia Vânia (PSB) e do deputado federal Roberto Balestra (PP) também podem entrar na disputa. Ao analisar o momento político, Roberto Naves criticou as divergências na base. “As pessoas que começam a disputar antes da hora e a fazer colocações na imprensa acabam provocando um racha na base. Estou fazendo uma crítica a todos da base. A partir do momento que você faz parte da base e não coloca os interesses do vice-governador José Eliton em primeiro lugar, você tem que repensar o seu posicionamento. O PTB nunca colocou a faca no pescoço de ninguém”.
Além disso, o prefeito de Anápolis também comentou a filiação do ex-senador Demóstenes Torres ao PTB. Segundo Naves, a filiação de Demóstenes não deve prejudicar o partido. “Não sei o quanto ele (Demóstenes Torres) soma eleitoralmente falando. Politicamente posso dizer que soma muito. Demóstenes é habilidoso e vai nos ajudar muito nessa negociação, para montarmos uma chapa forte. Ele (Demóstenes Torres) conhece a política e com certeza ele pode ser candidato ao senado”, pontua.
Conforme a denúncia – instaurada em junho de 2013 – Demóstenes respondia pelos crimes de corrupção passiva e advocacia privilegiada. Os dois crimes estão relacionados com as investigações das Operações Vegas e Monte Carlo, deflagradas entre 2008 e 2012. Na época, o Ministério Público afirmou que o político recebeu vantagens indevidas, como viagens e bebidas caras.
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a validade de provas obtidas em gravações telefônicas envolvendo o ex-senador. Diante disso, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), decidiu arquivar a denúncia.
Veja a entrevista: