Muitos desportistas estão sem entender o que está acontecendo com o Goiás. Como pode um clube com a estrutura do Verdão, se tornar um time de Série B? Como pode um clube com o poderio econômico do Goiás se tornar uma verdadeira “fazenda de viúva” onde não se produz nada de satisfatório irritando o torcedor?
O Goiás lamentavelmente, se tornou motivo de chacota, envergonhando aquele que é seu maior patrimônio, a sua torcida. Nessa década, o Goiás frequentou a Serie B com a mesma assiduidade que Geddel Vieira Lima frequenta o bolso do povo brasileiro. Se sente tão à vontade na segundona quanto Eduardo Cunha pedindo propina para sua mulher dos olhos grandes e verdes torrar nas lojas chiques de Paris. Mas a questão é. Existe explicação para isso? Penso que sim.
Em todas as grandes empresas como Votorantim, Pão de Açúcar, Itaú e Rede Globo para citar algumas, tiveram renovação e sucessão nas respectivas diretorias para estabelecer nova mentalidade, modernidade de gestão e acima de tudo, energia, vigor e culminando com inovação em todas as áreas.
Vamos a países para não ficarmos apenas nas empresas. Em quase todas as ditaduras longevas, exceção à China que é um caso à parte, o país sofre com o atraso. Cuba nas primeiras décadas de Fidel Castro cresceu muito na área de medicina, tecnologia no campo e esportiva. A ilha rivalizava com as grandes potências em conquista de medalhas como Rússia e EUA. Quando o dinossauro Fidel chegou a 30 anos de domínio, perdeu a capacidade de criação e força para gerir. Seu irmão Raul embora ruim de serviço tenta alavancar o país, mas o buraco é gigantesco. Coreia do Norte que foi entregue de presente para um gordinho sorridente, mas que deu curso intensivo de maldade a Satanás, por seus encentrais é um verdadeiro símbolo do atraso e por aí vai.
O Goiás tem uma figura que manda na instituição há 40 anos e nunca mudou sua filosofia de gestão, o Venerável Camarada Hailé Pinheiro. A Estrela do Oriente do cerrado tem uma história inegável no Goiás. Contribuiu muito para que o Verdão se inserisse entre os grandes do Brasil, mas a vida tem um ciclo natural e é assim em qualquer lugar; família, empresa, país e clube de futebol e o método de gestão do HP já se exauriu. Não adianta ele colocar um presidente e fazer desse um secretario de luxo. Por mais que se argumente que ele não exerce influência no futebol, um pequeno gesto do Pai da Nação esmeraldina já inibe o seu ungido presidente e as ações travam.
Hailé Pinheiro pode ser considerado o maior dirigente de Clube da história do futebol goiano e isso é reconhecido por todos. Ele tem busto na Sede do Goiás e o estádio do Goiás tem o seu nome e o que é mais significativo, em vida. Ele merece todas as homenagens, mas está na hora dele passar o bastão. Ele precisa de um sucessor, ele precisa contemplar tudo aquilo que ajudou a construir no Goiás. Ele não precisa ser xingado por torcedores. O sistema dele já está esgotado e o Goiás precisa de sangue novo e de um choque inovador de gestão.