Sobre a possibilidade do DEM fazer parte da chapa do PMDB, o peemedebista afirmou que gostaria de contar com o apoio do partido, mas acredita que não existe essa possibilidade.
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Radio 730 – Para essa convenção que vai ser realizada no sábado, o que falta fechar?
Iris Rezende – Esse trabalho de composição de aliança, quando envolve a participação de mais de 2 partidos – e ao mesmo tempo a composição de uma chapa onde a aliança deverá apresentar dois candidatos ao senado, suplentes ao senado e vice governador – envolve muita discussão, porque quase todos os partidos têm interesse claro de participação em eleição majoritária. Enquanto as chapas para deputado federal e deputado estadual são diferentes. Hoje, com o pluripartidarismo, existe até um excesso de vagas em todos os partidos. Eu espero que até sábado cheguemos a um ponto comum. Felizmente não se discute nomes para candidato ao governo, uma vez que o próprio PT antecipou a posição quando reunido e votou pela aliança com o PMDB.
Radio 730. O senhor convidou Barbosa Neto para ser vice na sua chapa?
Iris Rezende – Estamos conversando desde que nós observamos a possibilidade. Não foi especificamente para vice, mas nós enxergamos no Barbosa Neto um político, um agente político de alta qualidade e conversamos com ele mostrando o leque que nós temos. Nós estamos discutindo vice-governadoria, senado, chapa para federal, então eu quis buscá-lo para integrar esse grupo que esta discutindo e, quem sabe até a participação dele como candidato, e conseqüentemente o PSB na nossa aliança.
Radio 730- Há alguma chance do vice ser do PMDB ou isso está descartado?
Iris Rezende – Eu entendo que o partido como um todo tem uma consciência de que a eleição para governador é a emais importante para o partido de todas que vão acontecer no dia 3 de outubro. Tudo que for necessário para que o nosso candidato a governador seja vitorioso é interessante conversar, é interessante aglutinar. Pode surgir, eu não digo que não surja um candidato a vice do próprio partido, eu não repilo a idéia, porque até a poucos dias se discutia a possibilidade de uma composição com o DEM, e de repente nós temos a impossiblidade disso. O DEMnão viria simplismente para lançar candidato a deputado federal.
Radio 730 – A aliança com o DEM esta descartada?
Iris Rezende– Eu entendo que sim, a situação do DEM a nível nacional é muito difícil. No nosso palanque nós vamos pedir voto para a Dilma, pré-candidata à presidência da república, e sabemos com clareza que o DEM tem um compromisso com José Serra. Nos tivemos alguns encontros, conversamos, eu me esforcei para que pudesse acontecer uma aliança, mas a gente tem que ser objetivo possível nessas questões
Radio 730 – Além do PMDB, o senhor tem apoio declarado do PT e do PC do B. Com quais os outros partidos o senhor conta na campanha?
Iris Rezende – É possível que mais duas siglas estejam conosco. Eu abri o leque de aliança com os partidos que defendem o mesmo objetivo que nós defendemos, mas tudo tem um limite. E eu, nessa fase da minha vida, depois de 52 anos na militância política, tenho que ser objetivo e prático. Eu espero que o PDT possa estar conosco, assim como o PSB. Mas é tudo dentro do possível, ninguém melhor que vocês jornalistas voltados para a área política que sabem – de todas as ciências, a política a mais complexa , sendo que se trata de ações e de reações humanas, mas eu estou tranqüilo. Entendo que o PT, o PMDB, o PC do B representam uma força respeitável rumo a um projeto de eleição. Mas ate o último minuto eu estarei torcendo para que o PSB e o PDT estejam conosco.
Radio 730 – Com o acirramento da campanha, algumas coisas raras estão acontecendo. Houve a prisão de pesquisadores do Instituto Exata. O que o senhor achou disso?
Iris Rezende. – Eu vi pela imprensa. Acho que a lei precisa ser observada e respeitada. Se o mundo político responsável pela escolha daqueles que elaboram e que executam as leis não observar a legislação, qual exemplo, qual autoridade que esse mundo teria junto ao povo. Eu começo a pensar que essa questão de pesquisa está se transformando em um caso de polícia, porque não é justo que venha um instituto e leve à apreciação da sociedade dados de situação de candidatos, quando na verdade nós sabemos que não correspondem a realidade. Há poucos dias eu levantei duvidas, inclusive recomendei à assessoria jurídica que requeresse na justiça os dados que a lei impõe, quando uma pesquisa é realizada, pra ver qual foi o método adotado para a realização daquela pesquisa, soltando resultado como se não precisasse mais de eleição.